ModaLisboa. O espectáculo de moda que parou a chuva

ModaLisboa. O espectáculo de moda que parou a chuva


Há já várias edições que, por esta altura, quer faça sol ou não, muitos se deslocam até ao Pátio da Galé, em Lisboa, para poderem assistir às propostas de alguns criadores portugueses para a próxima Primavera/Verão.


E, nesta 45ª edição de ModaLisboa não foi diferente. No sábado, foi Miguel Vieira quem mais parece ter brilhado para a maioria dos presentes. Com uma forte aposta em formas largas e linhas clássicas, Miguel Vieira apresentou uma colecção centrada no contraste entre preto, azul e branco.

O criador apostou ainda em tecidos entrelaçados que na óptica de Miguel Vieira nos fazem lembrar “os quadros de Mondrian”. Tecidos em mesh, crepe de seda e algodões entrelaçados manualmente de forma a criarem padrões numa silhueta pensada para ser minimalista ou mais clássica – vincada na altura dos vestidos e nos pormenores mais delicados. Já para os homens, a aposta de Miguel Vieira foi para fatos de alfaiataria com estampados geométricos. Uma aposta ganha tendo em conta que um dos desfiles mais ovacionados do dia.

Também Ricardo Preto apresentou as suas propostas e apostou sobretudo em tecidos transparentes, em propostas que contaram com uma variada aposta na cor.

Já este domingo, último dia desta edição de ModaLisboa, o sol fez a vontade para as centenas de pessoas que queriam mostrar o que para si é estar na moda e também para as que queriam poder deixar o guarda-chuva longe da passerelle.

Nuno Gama foi dos mais aplaudidos da tarde com uma colecção pensada com base em quatro inspirações: os portugueses, onde foi feita uma forte aposta em jogos de barras gráficas de espírito “Pirata”; os africanos, onde o criador aproveitou vários padrões étnicos e brincou com algumas sobreposições de peças; o Índico, com fortes apostas no vermelho e a Ásia, onde o azul ganhou destaque.

Também Filipe Faísca esteve em destaque nas preferências do público. A colecção apresentada pelo criador ficou marcada pelas transparências e também pelos tecidos plissados. Uma colecção muito feminina e sensual.

Das colunas ouviu-se o avião a descolar e a voz de uma mulher que falava de malas, de histórias, de viagens. Uma viagem pela sensualidade da mulher.

Na passerelle nem sequer um par de calças – ou vestidos ou saias, sempre com meias até ao joelho.

Este domingo, último dia de desfiles, será Dino Alves a encerrar o evento no Teatro São Luiz.