O que é demais nem sempre enjoa – ou então, simplesmente, não é demais, não sabemos ao certo. O que sabemos, isso sem dúvidas, é que o regresso do conceito de festas bimensais que a Enchufada organiza no Lux é sempre coisa para não se perder, ou para nos arrependermos quando, no dia seguinte, alguém nos conta o sucedido. Hoje, a dose repete-se – vai para a 27ª edição – e a receita é a mesma: dançar e ser o rei da pista até as luzes se apagarem. Kuduro, cumbia, afro-beat, todos os estilos e mais alguns que se inserem naquilo a que a Enchufada se refere como música global. A festa, essa, também o será.
A cada nova sessão junta-se um convidado escolhido a dedo pela editora dos Buraka Som Sistema. Hoje é o artista e produtor italiano Clap! Clap! que vem, entre outros recortes, apresentar o seu aclamado disco editado em 2014. “Tayl Bebba” é uma jornada entre o house, o hip-hop e outras texturas que fundiu com samples que o próprio gravou em inúmeras viagens que fez a África. O resultado, que à primeira pode parecer estranho, é, sobretudo, único. Motivo de sobra para querer perceber que impacto é que estes ritmos caricatos têm sobre o nosso corpo.
A par disto, há mais. Branko editou a 4 de Setembro um disco que tem dado que dançar. “Atlas”, trabalho de estreia a solo do produtor português já foi apresentado na ZDB, que, ao que parece, estava a rebentar de tanta gente. Esta é a oportunidade que se segue para testar a anca em singles como “Eventually”, “Let Me Go”, “On Top”, “Fluxo”, entre outros. De recordar que também este é um disco feito em viagem, neste caso com passagens por Amesterdão, São Paulo, Cidade do Cabo e Nova Iorque.
A abrir as contas no Bar do Lux temos Rastronaut, miúdo com talento que chegue para garantir um couvert completo e de qualidade – as nossas pernas ainda se queixam de outras ocasiões em que nos cruzámos com este produtor. Basicamente, o melhor é não faltar a tamanha farra. Depois não digam que não avisámos.
