O documento, todavia, expressa “grande preocupação" pelos milhões de pessoas que vivem em África, noticia a AFP.
"Esta é a melhor notícia no mundo de hoje – estas projecções mostram que somos a primeira geração na história humana que pode acabar com a pobreza extrema", disse Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, que realiza a sua reunião anual de 09 a 11 de Outubro, em Lima, juntamente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
De acordo com projecções do Banco Mundial, cerca de 702 milhões de pessoas, ou seja 9,6% da população mundial, vai viver abaixo da linha da pobreza este ano, principalmente na África Subsaariana e na Ásia.
Em 2012, essa cifra era de 902 milhões, ou seja cerca de 13% da população mundial, em 1999 situava-se em 29%.
De acordo com Yong Kim, regista-se um contínuo declínio na pobreza extrema, resultado de um crescimento dinâmico económico nos países em vias de desenvolvimento e os investimentos na saúde e na educação, bem como em redes de segurança social que impediu que milhões de pessoas tivessem continuado na pobreza extrema.
"Esta nova previsão da pobreza cair na casa de um dígito deve-nos dar um novo impulso e ajudar a concentrar-nos ainda mais concentradamente sobre as estratégias mais eficazes para acabar com a pobreza extrema", disse.
Anteriormente, as pessoas que vivem com 1,25 dólares norte-americanos, ou menos, por dia foram definidas como vivendo em extrema pobreza. Essa cifra é actualmente de 1,90 dólares, para reflectir a inflação.
O relatório do Banco Mundial surge depois de os líderes mundiais, no mês passado, se terem comprometido a acabar com a pobreza extrema no prazo de 15 anos, adoptando um conjunto ambicioso de metas das Nações Unidas com um investimento na ordem dos triliões.
Lusa