A perspectiva de poder eleger um deputado à Assembleia da República – ele próprio – levou Rui Tavares a lançar um imediato apelo aos partidos de esquerda e centro-esquerda. “Joga-se nos próximos dias a possibilidade de acabar com a política de austeridade”, disse o cabeça-de-lista da candidatura cidadã, no cinema São Jorge, onde os apoiantes e dirigentes se reuniram para acompanhar a noite eleitoral. “A direita perdeu a maioria que tinha e perdeu a capacidade de governar”, destacou.
O ex-eurodeputado sublinhava o facto de a coligação Portugal à Frente poder não chegar à maioria absoluta. Confirmando-se os resultados provisórios, os partidos de esquerda (exclui-se destas contas o PDR de Marinho e Pinto) poderá somar entre 45,4 e 54,5% dos votos, segundo algumas das sondagens.
Os números levaram Rui Tavares a defender que “toda a esquerda tem de ser coerente, consequente e responsável para acabar com a política de austeridade”. A coligação Livre/Tempo de Avançar foi, de resto, a candidatura que mais intensa e frequentemente lançou apelos a uma unidade de esquerda contra a coligação PSD/CDS Portugal à Frente.