Estes são os primeiros detalhes de um estudo divulgado esta terça-feira por uma equipa de peritos que fez uma investigação sem precedentes ao submeter perto de 30 corpos de habitantes que há 2000 anos viveram na Pompeia à tomografia computorizada, um exame no computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução.
Falando hoje aos jornalistas, o superintendente do Património Cultural de Pompeia, Massimo Osanna, disse que os exames determinaram que “a maioria dos habitantes de Pompeia tinha dentes saudáveis, graças a uma dieta saudável, com pouco açúcar”.
Em 79 d.C., a força da erupção do Vesúvio destruiu completamente as cidades romanas de Pompeia e Herculano, mudando o curso do rio Sarno e alterando significativamente o próprio monte, que viu removida a sua vegetação.
O projecto de análise dos 30 corpos arrancou em Agosto passado e envolve arqueólogos, antropólogos, radiologistas, dentistas e engenheiros.
A equipa de investigadores pretende obter detalhes da vida dos habitantes daquela região italiana, nomeadamente os costumes, a profissão ou classe social.
Os exames poderão também permitir identificar informações básicas como a idade e sexo daqueles habitantes, bem como se os corpos testados pertenciam, por exemplo, a "um fumador de cachimbo, um músico que tocava flauta e a proveniência geográfica ou sua condição socioeconómica”, disse Osanna.
Através de técnicas modernas de Tomografia Axial Computorizada (TAC de 16 cortes), os investigadores conseguem fazer o exame de corpo inteiro em um minuto e quarenta segundos.
Lusa
