Amanda Stewart de Carluke, na Nova Zelândia, foi uma das cinco mulheres da sua família a fazer cirurgia de dupla mastectomia preventiva e decidiu partilhar fotografias das cicatrizes pós cirurgia para ajudar a dar força a outras mulheres que estejam a passar pelo mesmo processo.
O objectivo da cirurgia foi reduzir as chances de vir a ter cancro, depois de vários exames indicarem que havia 97% de probabilidade de vir a desenvolver a doença. Nenhuma delas tinha os genes BRCA1 ou BRCA2 defeituosos, algo que, a acontecer, aumentaria as probabilidades de vir a desenvolver cancro da mama. Mas, mesmo assim, tendo em conta o histórico familiar, os cirurgiões do sistema nacional de saúde preferiram fazer as operações.
“Fiz a minha operação há seis semanas”, revelou Amanda ao “Independent”. Amanda tem 33 anos e dois filhos, com 4 e 6 anos cada, e disse que estava entusiasmada por, com o seu caso, poder ajudar em investigações futuras. Os
médicos já disseram que agora estão a planear examinar o seu tecido mamário, comparando-o com os das restantes familiares, na tentativa de identificar uma possível mutação genética.
A neozelandesa revelou ainda que não encontrou fotografias ou histórias do mesmo tipo. "Eu não encontrei nenhuma foto de pós-cirurgia de mastectomia preventiva ou histórias de esperança. Todas as histórias de pós cancro que encontrei eram muito sombrias e tristes", disse ao “The Independent”.
Amanda quis então "estender a mão e ajudar os outros". Foi por isso que criou uma página no Facebook onde publica fotografias e actualizações sobre o processo. A página chama-se "Cancer. You lose" e já atraiu o interesse de outras pessoas na mesma situação.