Como é ser candidato pela terra de António José Seguro?
Ele era de Penamacor e sempre mostrou as dificuldades de viver no interior e a necessidade de criar emprego, uma prioridade, em particular na Beira Baixa, que é uma região de gente resiliente, que vai resistindo à desertificação. O distrito de Castelo Branco perdeu só nos últimos quatro anos dez mil pessoas.
Fala-se em empate técnico entre o PS e PSD/CDS. Isso significa que não era uma questão de liderança do Partido Socialista, Seguro ou Costa?
O combate político seria difícil em qualquer circunstância, era indiferente ser um ou outro. Costa foi democraticamente escolhido, é ele o protagonista, mas o que conta é o programa do partido.
Ainda hoje se ouvem eleitores PS perguntar a Costa se vai “passar a perna” ao país como fez a Seguro, não é uma questão bem resolvida…
Há sempre gente que gostaria mais de Seguro candidato a primeiro-ministro, como eu também teria gostado mais de Seguro candidato a primeiro-ministro. Mas o que seria passar a perna ao país, seria ficar sentado à espera sem apresentar uma solução, é preciso ter humildade democrática para aceitar quem a maioria escolheu e seguir em frente.
Quem vai ganhar as eleições?
minha sensação é que é o PS. Há um grande números de indecisos, que terá de votar na continuidade ou na alternativa. Penso que cada vez mais apostarão na alternativa. Vão perceber que não podem caucionar agora os que ganharam mentindo.
