No comício da CDU no Ateneu Vilafranquense, os dados do INE sobre a evolução do défice deram uma ajuda à campanha, sobretudo por enriquecer, com números, a argumentação de Jerónimo de Sousa quando o ataca se centra nas políticas austeritárias do governo.
Em Vila Franca de Xira o líder comunista voltou a pegar na questão do défice de 2014, que, como refere o Instituto Nacional de Estatística, se situou nos 7,4%. Este número, e sobretudo o facto de ser exactamente o mesmo défice que o Executivo de Passos Coelho herdou do Governo de José Sócrates, foi usado por Jerónimo de Sousa para perguntar: “Afinal para onde foi o dinheiro? Tanto salário cortado, tanta reforma, direitos limitados, tanta carga de impostos sobre as famílias e as pequenas empresas…”. E respondeu: “para a banca”-
Mas aos dados do INE somam os dados do Banco de Portugal que acalentaram um outro argumento criteriosamente usado por Jerónimo de Sousa procurando demolir a credibilidade argumentativa da Coligação PSD/CDS. Trata-se da dívida que cresce à média de 8 milhões de euros por dia e que, segundo Pedro Passos Coelho, lembra o líder comunista, “andava a ser paga”.
O dia de hoje começa com um almoço convívio com reformados, no Pavilhão dos Bombeiros Voluntários de Beja e prossegue com uma arruada em Moura terminando com um jantar-comício em Serpa. Neste distrito que elege três deputados, em 2011 foram distribuídos pelos três partidos (PS, CDU e PSD). E, as diferença de votos conquistados então por cada um dos eleitos não são grandes. O PS liderou com mais de 22 mil votos, seguido pela CDU com pouco mais de 19 mil e do PSD com perto de 18 mil.