Portas invoca política social para contestar que se tenha ido “além da ‘troika'”

Portas invoca política social para contestar que se tenha ido “além da ‘troika’”


O presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro invocou hoje a política social do Governo para contestar a ideia de que este tenha ido “além da ‘troika'”, e sustentou que quem mais fala nessa matéria foi quem menos exigiu aos credores.


Paulo Portas falava durante uma visita à Misericórdia de Tomar, inserida na pré-campanha da coligação Portugal à Frente para as legislativas, depois de ter feito com o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, um percurso a pé no centro desta cidade, em passo acelerado, rodeados por jovens da comitiva e apoiantes com bandeiras PSD/CDS-PP.

"Há quem nos acuse injustamente de ir além da 'troika'. A política social é um bom exemplo exactamente do contrário", declarou o presidente do CDS-PP. "Sabem o que estava no memorando de entendimento que outros escreveram? Que as Instituições IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social] pagavam IRC", apontou Portas, acrescentando: "E nós não deixámos avançar".

O segundo candidato da lista da coligação Portugal à Frente no círculo de Lisboa referiu também que o programa de resgate previa "a sujeição a IRS de todas as prestações sociais" e o Governo PSD/CDS-PP rejeitou essa medida.

"É um bom exemplo de que quem mais fala nessa matéria foi quem menos fez, foi quem menos exigiu à 'troika'", considerou.

Passos Coelho, que estava ao seu lado, segredou-lhe "e o IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis]", e Portas acrescentou: "E a mesma coisa com o IMI, e a mesma coisa com a reposição de uma de situação de justiça que era o reembolso de pelo menos 50% do IVA em obras e equipamentos".

Lusa