Costa apela às “senhoras de cor-de-rosa” e pede mais votos e mais mandatos

Costa apela às “senhoras de cor-de-rosa” e pede mais votos e mais mandatos


Num comício em Évora o líder socialista “pediu mais votos e mais mandatos” para uma “vitória clara” nas legislativas.


“Este não é o momento para andarmos a debater se quem ganha é quem tem mais votos ou mais deputados”. António Costa tenta assim sacudir a pressão de continuar a não descolar nas sondagens e diz que “quem tem vontade de mudança deve dar mais votos e mais deputados ao PS”. O objectivo foi repetido várias vezes este sábado num comício em Évora onde Costa deixou ainda um apelo fora da caixa: à “senhora de cor-de-rosa”.

Esta semana os Gato Fedorento celebrizaram uma senhora que, de t-shirt cor-de-rosa, debateu longamente na rua com Pedro Passos Coelho. António Costa aproveitou a onda daquela que é “uma das pessoas mais conhecidas do país, a senhora vestida de cor-de-rosa”. E lançou o desafio  para que, perante o boletim de voto, “cada um poder ser a senhora de cor-de-rosa e poder dizer naquela momento na cara do primeiro-ministro o que é que quer para o futuro do país”. Costa falava para público aletejano, concentrado na Praça do Sertório, no centro de Évora, para um comício de fim de tarde.

Quanto ao objectivo eleitoral da maioria absoluta, acabou por ser referido apenas uma vez, em Évora, com Costa a dizer que “só há uma forma de mudar: dar ao PS a vitória e com maioria absoluta para que não haja a menor dúvida”. A forma preferida para a expressão da fasquia para o dia 4 de Outubro é agora mais contida, com Costa a pedir “mais votos e mais deputados para que ninguém possa impedir a expressão do voto popular”. No encadeado de ideias do secretário-geral do PS este é o caminho único para a estabilidade e aqui atira à coligação: “A duas semanas das eleições, a coligação surgiu com a preocupação da estabilidade. É estranho porque durante quatro anos que governaram nunca se preocuparam com a estabilidade dos que não tinham emprego e viram postos de trabalho destruídos”, exemplificou.