Foi através das redes sociais que António Costa veio explicar o ponto que mais marcou o debate desta quinta-feira com Pedro Passos Coelho. Durante o frente-a-frente, o líder socialista não respondeu, perante a insistência de Passos, à questão da poupança de mil milhões de euros que o PS prevê para a segurança social através de limites à atribuição de prestações sociais não contributivas.
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Nas contas oficiais da campanha socialista, no facebook e no Twitter, Costa chama a isto um “não caso que esconde a verdadeira falta de boas contas da coligação”.
A hesitação do socialista durante o debate acabou por levá-lo a uma explicação adicional, horas depois do debate, num pequeno texto sob o título “pontos nos is” onde Costa repete o o que disse à saída do debate: “As prestações sociais de natureza não contributiva, pagas com impostos, têm um valor anual de 5.700 milhões de euros. Uma redução da despesa de 250 milhões por ano vale 4%. Não inclui as pensões para as quais todos contribuímos enquanto trabalhamos”.
Para o líder do PS, “reduzir a despesa por via da introdução da condição de recursos, em sede de concertação social, é reforçar a justiça e equidade social na gestão dos impostos dos portugueses”. Costa continua a não responder à pergunta que lhe foi feita no debate, tanto por Passos como pelos moderadores, sobre que prestações passam a ter limites por forma a atingir-se uma poupança de mil milhões de euros ao fim de uma legislatura.
O líder socialista ainda atira em contra-ataque à coligação PSD/CDS, repetindo que “caso sério é o que propõe a coligação de direita : um novo corte nas pensões já em pagamento de 600 milhões euros por ano e privatizar para sempre 6% da receita da segurança social. Isto sim , seria um caso sério”.
E acrescenta ainda que “caso sério é ter um candidato a primeiro-ministro que esconde os números e que se entretém a deturpar os do Partido Socialista”.