As camisolas esquisitas do Boavistão


18 de Setembro de 1991. O Inter, detentor da Taça UEFA, é surpreendido no Bessa (2-1).


É daquelas noites europeias à antiga, com quatro jogos no mesmo dia. O estreante Salgueiros de Filipovic vence o Cannes de Zidane por 1-0 (cortesia de Jorge Plácido), o Sporting foge do Dínamo Bucareste (outro 1-0, em Alvalade, com Iordanov a festejar um golo impossível, marcado desde a linha de fundo) e o Benfica dá 6-0 ao Hamrun Spartans em Malta, com póquer de Yuran.

Falta o Boavista. Ou melhor, o Boavistão de Manuel José. Ou melhor, a equipa das camisolas esquisitas, como lhes chama Zenga, o guarda-redes do Inter, no alto da sua soberba porque nunca ouviu falar do Boavista e porque é o detentor do troféu.

O Boavistão responderia à letra, com 2-1 no Bessa (golos de Marlon Brandão e Barny) e 0-0 no Giuseppe Meazza.