Livre. “Voto nesta plataforma permite derrotar bloco central”

Livre. “Voto nesta plataforma permite derrotar bloco central”


O cabeça de lista do Livre Rui Tavares apresentou esta segunda-feira algumas das iniciativas que vão marcar a campanha.


"Um voto no Livre é o único voto que garantidamente contribui para excluir a possibilidade de um governo de Bloco Central". É assim que o cabeça de lista por Lisboa da plataforma Livre/Tempo de Avançar Rui Tavares olha para aquilo que o seu partido poderá fazer nas próximas eleições de dia 4 de Outubro. Num encontro com os jornalistas onde foram apresentadas algumas iniciativas da campanha, o historiador garantiu ainda que "eleger deputados é o objectivo mínimo para que seja possível mudar para uma governação mais fiscalizada e transparente".

Depois de uma acção de campanha junto às representações em Portugal da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu junto ao Largo Jean Monnet, Rui Tavares apresentou a "Caravana da Liberdade", que irá percorrer 17 distritos e 40 localidades, para discutir 22 temas. Ambiente, saúde, refugiados, cultura, reforma fiscal e desemprego são só alguns dos tópicos que vão fazer parte da agenda da plataforma nas próximas semanas. Garantido é a presença de Rui Tavares e/ou de Ana Drago na caravana, juntamente com outros cabeças de lista do movimento, como o advogado Ricardo Sá Fernandes ou a médica Isabel do Carmo tal como alguns dos mandatários, como o escritor José Mattoso. Estão ainda programados cinco comícios pelo país e dezenas de outras iniciativas fora desta carrinha. O orçamento disponível será de cerca de 200 mil euros, que, caso o resultado previsto nas eleições deixe dívidas ao partido, "será assegurado, caso seja necessário, por donativos de alguns dirigentes e activistas do movimento, com o prazo de um ano", garante a direcção do Livre.

Um programa "dos mais ecológicos em Portugal"  Outra das garantias de Rui Tavares dá é de um programa com forte componente ecológica. "O nosso programa é dos mais desenvolvidos na área ecológica em Portugal", afirmou o ex-bloquista. De entre as várias medidas encontramos a suspensão e revisão do Plano Nacional das Barragens como uma das principais, que figuram na "Agenda Inadiável" do partido. Se a área ecológica é dos pilares principais, existem ainda mais três: regionalização mais democrática, combate à dívida privada e um orçamento de estímulo à economia. O último distinto dos outros partidos com assento parlamentar, segundo o historiador: "é diferente da direita, porque queremos um orçamento que diminua a porção de dívida em geral pelo aumento do PIB e não pelos cortes cegos, é diferente do PS, porque a Segurança Social não será usada como instrumento macroeconómico, e diferente do BE e do PCP, porque não acrescenta dívida à divida",rematou. Não esquecendo claro, a "bandeira central" da plataforma: a restruturação da dívida. O programa final será votado no próximo dia 12 de Setembro na II Convenção Cidadã.

O Livre apresenta ainda esta segunda-feira em Beja os candidatos do Alentejo ( Beja, Évora e Portalegre), contando com a presença de Ana Drago, a número dois pelo círculo de Lisboa.