Portugal emite 3 mil milhões de euros em títulos de dívida a sete anos

Portugal emite 3 mil milhões de euros em títulos de dívida a sete anos


A Agência de Gestão do Tesouraria e da Dívida Pública informou num comunicado que regressou hoje ao mercado de dívida de médio e longo prazo.


Portugal emitiu esta quarta-feira três mil milhões de euros em títulos de dívida pública a sete anos, os quais ficaram maioritariamente nas mãos de investidores internacionais, sobretudo na Europa.

Em comunicado emitido esta quarta-feira, a Agência de Gestão do Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) informa que regressou hoje ao mercado de dívida de médio e longo prazo, "com uma emissão sindicada de três mil milhões de euros do novo benchmark a sete anos", uma linha que vence a 17 de Outubro de 2022.

Os investidores portugueses ficaram com apenas 9,4% dos títulos e a maioria do investimento veio do Reino Unido (19,8%), seguindo-se a Alemanha, Áustria e a Suíça (que no conjunto representaram 17,8%), França, Itália e Espanha (que ficaram globalmente com 15,1%) e a Escandinávia (14,2%).

Também os investidores da América do Norte e do Médio Oriente manifestaram interesse nesta linha de Obrigações do Tesouro a sete anos que Portugal lançou hoje: os primeiros representaram 9,2% do investimento e os segundos 8,3%.

Numa análise por tipo de investidor, a instituição liderada por Cristina Casalinho refere que metade dos títulos hoje emitidos ficou nas mãos de gestoras de activos (50,5%), seguindo-se os bancos (41,8%).

Com menor expressão, os fundos de pensões ficaram com 5,8% dos títulos, os bancos centrais com 1,2% e os 'hedge funds' ficaram com apenas 0,7% do montante emitido.

Esta é a terceira emissão de uma nova linha de obrigações em 2015: depois de em Janeiro ter inaugurado duas linhas (uma a 20 e outra a 30 anos), o IGCP inaugura agora a maturidade a sete anos.

"A maturidade de Outubro de 2022 encaixa-se bem na actual curva dos títulos de dívida pública portuguesa", considera o IGCP em comunicado.

A operação, que foi feita através de um sindicato bancário composto por cinco instituições bancárias – BNP Paribas, J.P. Morgan, Morgan Stanley, Nomura e Novo Banco – registou mais de 150 ordens de compra.

Lusa