“A consequência de não pertencer a nenhum partido será a de que os incomodarei a todos.” Lorde Byron
Numa sociedade ideal, os cidadãos eleitores já estariam certamente a analisar meticulosamente os programas dos diversos partidos que concorrem às legislativas de Outubro, a estudar o seu passado (para os que o têm), a analisar o seu desempenho quando estiveram no governo ou a sua actividade na oposição.
Nessa mesma sociedade, há muito que os cidadãos eleitores teriam já questionado o nome da maioria dos partidos mais antigos.
Senão, vejamos.
O que resta da democracia cristã do CDS? Acrescentaram-lhe PP – Partido Popular, que serve mais ou menos para tudo.
E a social-democracia do PSD? Vale-lhe o regresso ao original PPD, que também dá para quase tudo.
Onde pára o socialismo do PS?
E que comunismo defende o PCP?
Sabemos que as ideologias já eram. Mas não estará na altura de adequar os nomes dos partidos à sua actual doutrina, se é que existe?
Os partidos que têm ocupado a Assembleia da República adaptaram-se aos novos tempos, sem dúvida. A grande diferença entre eles é a sua interpretação do papel do Estado e do lugar dos cidadãos na sociedade: pessoas ou simples números.
Contra ventos e marés, resta o ideológico PCTP/MRPP, a cumprir 45 anos em Setembro, o que o torna o segundo partido português mais antigo.
Com a sua linguagem de sempre, lá afirmam, mais uma vez:
“Viva a Candidatura do PCTP/MRPP no combate à Contra–Revolução! O Povo Vencerá!”
Ao menos, não escondem nada a ninguém.
Escreve à segunda-feira