O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, pretende que a PSP tenha uma só esquadra em Aveiro, “para ter menos gente nas secretarias e mais polícias na rua” e quer combater os arrumadores.
Actualmente Aveiro possui duas esquadras, uma na Quinta do Griné, no edifício construído de raiz para o comando da PSP, e a outra instalada no antigo Governo Civil.
Ribau Esteves deu conta do propósito de ver suprimida uma das esquadras na última reunião do executivo, quando confrontado pela vereadora do PS, Paula Urbano, com o alegado aumento de insegurança na cidade, nomeadamente nos parques de estacionamento.
“Continuamos a dizer que temos uma cidade e município seguros, mas temos consciência de que há um crescimento de episódios que exige a tomada de medidas complementares”, disse o presidente da Câmara.
Ribau Esteves deu conta de ter tido uma reunião de trabalho com a PSP, a quem transmitiu os relatos que lhe têm chegado pelos cidadãos, e abordou as possibilidades de intensificar o policiamento.
“Precisamos de uma só esquadra para termos menos gente retida nas secretarias e mais gente na rua, porque os recursos humanos não vão crescer e temos consciência disso”, afirmou o presidente da Câmara.
Para o autarca, “é preciso cuidar em condições da questão dos arrumadores, dos sem-abrigo e da relação com a marginalidade, e ter um apoio social bem gerido”.
Face à sugestão da vereadora de reforçar a presença dos fiscais municipais junto aos parques de estacionamento, Ribau Esteves reconheceu que tal presença é um elemento dissuasor para os arrumadores ilegais, mas esclareceu que há questões jurídicas por resolver.
Embora assuma a opção de não ter arrumadores, o autarca deu conta de que a actuação das autoridades carece da aprovação de um regulamento da actividade, para que se possa verificar incumprimento, o que está a ser preparado em conjunto com as juntas de freguesia.
“Que não seja a falta de instrumentos administrativos que impeça a acção das forças de segurança. A presença do arrumador ilegal em parques de estacionamento pago atinge o furo do absurdo e inadmissível, perante os cidadãos que têm de pagar duas vezes”, comentou.
Lusa