David Rudisha. O regresso desejado nos 800 metros

David Rudisha. O regresso desejado nos 800 metros


Queniano volta aos títulos depois de dois anos marcados por lesões.


David Rudisha estava lançado. Tinha sido campeão mundial em Daegu-2011 e recebido glória olímpica em Londres-2012 mas o aparecimento de lesões deixaram-no sem grandes hipóteses de lutar por grandes resultados nos dois anos seguintes. Falhou os Mundiais de Moscovo em 2013 com problemas físicos e apontou para Pequim com o objectivo de poder regressar aos grandes palcos em grande, agora que já tem 26 anos.

A aposta foi recompensada. Numa corrida muito táctica, Rudisha assumiu a frente do grupo e nunca perdeu de vista a medalha de ouro. No final, o tempo de 1'45''84 foi suficiente para recuperar a medalha de ouro, sendo o único africano do pódio.

O polaco Adam Kszczot foi segundo (1'46''08) e o bósnio Amel Tuka terminou na terceira posição (1'46''35). O queniano Ferguson Rotich ficou a cinco centésimos da medalha de bronze e Alfred Kipketer não foi além do oitavo e último lugar, com 1'47''66.

"Sinto-me muito bem com a vitória, isto diz-me muito. Tive muitas desilusões em 2013 e em 2014 e a minha carreira quase acabou. Vir aqui e vencer prova que estou de volta. No último mês, a treinar, percebi que tinha um problema com a velocidade e foi nisso que estive a trabalhar. Consegui recuperar e sabia que podia ganhar a corrida. Foi uma prova táctica mas mesmo que tivesse sido rápida, teria vencido", afirmou Rudisha após o triunfo.