É justo dizer que neste momento não há ninguém melhor do que Greg Rutherford no salto em comprimento. O saltador britânico, 28 anos, venceu a medalha de ouro nos Mundiais de Pequim, e é neste momento o detentor do título em quatro eventos diferentes: Mundiais, Europeus, jogos Olímpicos e Jogos da Commonwealth. Como ele, na história, só Sally Gunnell (400 metros barreiras), Linford Christie (100 metros), Daley Thompson (decatlo) e Jonathan Edwards (triplo salto).
A final em Pequim não foi fácil. Ou melhor, não começou por ser fácil. A armada chinesa sonhava com medalhas e Jianan Wang e Xinglong Gao partilhavam a liderança da competição após o primeiro ensaio, com uma marca de 8,14 metros. À segunda, depois de um ensaio nulo, Rutherford assumiu o controlo da prova (8,29 metros) e o primeiro lugar não voltou a sofrer alterações.
Se os 8,29 metros já seriam suficientes para conquistar a medalha de ouro, o quarto ensaio de Rutherford acabou definitivamente com as dúvidas: com uma chamada quase perfeita (a 1,5 centímetros de ser nulo), o britânico saltou 8,41 metros e foi descansar. O ouro estava garantido e não voltou sequer a ir para a pista.
Na luta pela medalha de prata, o australiano Fabrice Lapierre levou a melhor (8,24 metros), mas só conseguiu subir a essa posição após cinco saltos. Os chineses tiveram de se contentar com a medalha de bronze (Jianan Wang com 8,18 metros), enquanto Xinglong Gao foi quarto com 8,14 metros e Jinzhe Li quinto com 8,10 metros.