Dismaland. A misteriosa exposição de Banksy

Dismaland. A misteriosa exposição de Banksy


O artista saiu das paredes para uma exposição ao ar livre com a participação de 50 artistas internacionais, entre eles a portuguesa Wasted Rita [fotogaleria].


Uma Cinderela inanimada depois de um acidente na carruagem da abóbora, rodeada de paparazzi com flashes que não param de disparar, um barco com refugiados à deriva, um outdoor do PM britânico, David Cameron, num brinde (a quê?) a ser descolado. Banksy passou das paredes para as três dimensões e inaugurou Dismaland, uma versão distópica da Disneyland que o artista descreveu ao “Guardian” como “um festival de arte, divertimento e anarquismo para principiantes”.

Uma exposição ao ar livre para ser visitada por toda a família a partir deste sábado e durante as próximas seis semanas no Tropicana, uma piscina devoluta em Weston-super-Mare, no Reino Unido, que, à BBC, o artista contou que adorava em criança. “Poder abrir estas portas outra vez é uma verdadeira honra." Mas não vai ser assim tão fácil visitar Dismaland.

Esta madrugada já se fazia fila para garantir entrada na exposição, que abria pela primeira vez ao público às 11h. Na terça-feira já vai ser possível comprar “bilhetes gerais” online, mas a julgar pelo que aconteceu na sexta, quando foram postos à venda bilhetes apenas para locais e o site crashou com 6 milhões de visitas, vai ser preciso ter alguma sorte – ou uma fada madrinha, o que, pelo estado em que Banksy apresenta a Cinderela, não recomendamos.

Os visitantes também farão parte da exposição, diz o artista. “Uma princesa morta [o acidente da Cinderela é uma evocação da morte da princesa Diana] só faz sentido rodeada de uma multidão com as suas câmaras.”

Além das obras de Banksy, na Dismaland participam 50 artistas internacionais, entre eles Damien Hirst, Jenny Holzer, Jimmy Cauty. E a portuguesa Wasted Rita, com os seus trabalhos “Bankrupt”, “I have no fucking idea”, “Diarrhea” e “Love Letters”.

Veja a visita guiada do "Guardian" pela exposição: