Com Los Angeles como ponto de partida, vão andar ao sabor do vento, mas é certo que visitarão locais como o Grand Canyon, Las Vegas ou Yosemite. Acompanhe esta viagem aqui, todas as semanas.
“Estive mesmo para fazer essa viagem, mas depois não pude e agora é tarde”, “Adorava fazer essa viagem, mas não tenho tempo”, “Um dia, ainda hei-de fazer essa viagem”.
Ouvimos as mais variadas frases quando contámos o que estávamos prestes a fazer, mas há sempre questões e mais questões em relação à duração, ao timing, à idade das pessoas e idade dos filhos. A conclusão é quase sempre a mesma: “Fazemos isso daqui a um ou dois anos.” Quando é a altura ideal para fazer uma viagem? É quando nós quisermos, com todas as implicações que isso pode ter. O importante é não deixarmos de ir.
Há cinco anos fizemos a “viagem da nossa vida”, como nos diziam – três meses e meio de mochila às costas pelo Sudeste asiático que resultou no livro “Nós por aí”. Tailândia, Cambodja, Filipinas, Vietname, Malásia e um salto infeliz à Austrália. Dois anos depois fizemos outra “viagem da nossa vida” – dois meses e meio por Moçambique, Madagáscar e África do Sul. Um mês num jipe moçambicano que ninguém (nem nós) acreditava que sobreviveria aos três mil quilómetros de estrada esburacada, um mês de experiências locais em Madagáscar, em sítios tão remotos que nem imaginávamos existirem, e duas semanas de história e animais selvagens na África do Sul. Já vamos na terceira “viagem da nossa vida”. E agora somos três. A Família Amarela.
Outra frase que ouvimos bastante é “O Mateus não se vai lembrar”. E então? Como não se vai lembrar não vale a pena levá-lo? Como não se vai lembrar não vale a pena fazer a viagem? Nunca sequer considerámos a hipótese de não o trazer. Aliás, até considerámos trazer o Che, o nosso cão. O Mateus não se vai lembrar, mas nós nunca nos vamos esquecer – dos braços doridos na viagem de avião, da voz esganiçada digna de um concerto sempre que se sente apertado na cadeirinha auto e, claro, de toda a logística e tralha que se carrega quando se viaja com um bebé.
E pronto. Já chegámos. Já vimos as atracções turísticas de Los Angeles, já fomos à praia e já levantámos a nossa casa com motor. A partir de agora, e como é habitual nas viagens da nossa vida, vamos seguir sem grandes planos.