Mais de 2.000 pessoas morreram desde o início de 2015 ao tentarem atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa, segundo um novo balanço divulgado hoje pela Organização Internacional das Migrações (OIM).
“Infelizmente ultrapassámos um marco em que 2.000 migrantes e refugiados morreram até ao fim de semana passado”, disse um porta-voz da OIM, Itayi Virri, à imprensa em Genebra.
No mesmo período de 2014 morreram 1.607 migrantes, ano que registou um total de 3.279 mortos na travessia do Mediterrâneo.
Segundo a organização, cerca de 188.000 pessoas conseguiram chegar à Europa através do Mediterrâneo desde o início de 2015 – cerca de 97.000 às costas da Grécia e 90.000 às da Itália -, número que deverá “atingir muito rapidamente” os 200.000.
A maioria das mortes ocorre na rota que liga a Líbia a Itália, pelo Canal da Sicília, com 1.930 mortes, contra 60 na rota que liga a Turquia à Grécia.
O balanço divulgado esta terça-feira inclui as 19 mortes ocorridas no passado fim-de-semana no Canal da Sicília. Num dos casos, em que morreram 14 pessoas, funcionários da OIM no local concluíram que os migrantes morreram de exaustão e de sede, depois de a água potável a bordo ter sido utilizada para arrefecer o motor da embarcação.
Lusa