O instituto que gere a dívida pública nacional, o IGCP, emitiu Bilhetes do Tesouro a seis e doze meses esta manhã, no montante de 1 785 milhões de euros, acima do montante mínimo previsto (1 500 milhões).
No prazo a doze meses o juro pago foi mais baixo do que na última emissão comparável, mas no prazo mais curto as ‘yields’ subiram significativamente. Portugal emitiu 650 milhões de euros a seis meses, com um juro de 0,014%, acima do valor negativo de -0,002% garantidos no último leilão com a mesma maturidade.
Já na maturidade mais longa, a 12 meses, o IGCP colocou 1,135 milhões de euros com juros de 0,088%, abaixo da taxa média de 0,159% registada no último leilão comparável também realizado em Junho.
“As taxas melhoraram em ambos os prazos, e aproximam-se cada vez mais de zero. Se em Junho tínhamos tido uma taxa de 0,044% para dívida de 3 meses, ter agora 0,014% para 6 meses é uma descida considerável. Há um mês o Estado tinha-se endividado a 11 meses com um juro de 0,159% e hoje, a 12 meses, conseguiu uma taxa melhor, que não chega a 0,10%”, explica Filipe Silva, do Banco Carregosa.
“O desenrolar dos acontecimentos da Grécia não tiveram impacto, tal como era esperado. Se tivesse havido algum efeito, as taxas longas já teriam disparado”, acrescenta o especialista.
Em ambas as maturidades a procura superou a oferta.
