Maria Barroso: a simples homenagem de um não socialista


O seu testemunho é um exemplo que ninguém, seja qual for a sua orientação ideológica, pode esquecer. 


Morreu uma grande Senhora. Digo--o sem que a ela me ligassem quaisquer laços particulares, mas pelo testemunho que devemos dar a quem fez da vida uma causa permanente e a quem fez das causas em que se envolveu um constante motivo de dedicação e entrega.

Não sou, por certo, a pessoa mais indicada para falar do seu percurso de vida e não possuo créditos que me habilitem a escrever do que pouco sei e do que pouco conheço. No entanto, isso não me impede de publicamente expressar a admiração e o respeito que sempre por ela senti.

Um respeito que se projecta em pessoas cuja acção ultrapassa as pequenas diferenças e busca, no que é ou deve ser comum, uma razão determinada de vida. Maria Barroso foi uma pessoa que rasgou fronteiras para ir ao encontro de todos, mesmo que diferentes fossem os seus pontos de vista e distintas fossem as suas convicções políticas ou religiosas.

Sendo uma figura de reconhecido prestígio, nunca fez da distância um código de comportamento e, ao contrário de outros cuja pequenez não se disfarça nem desaparece com a importância dos cargos ocupados, a sua presença era sempre notada e reconhecida, independentemente das circunstâncias ou das transitórias funções desempenhadas.

Lutou, não se resignou, sofreu pelos ideais em que acreditava e demonstrou que as dificuldades podem sempre ser ultrapassadas quando há determinação e fé. O seu testemunho é um exemplo que ninguém, seja qual for a sua orientação ideológica, pode esquecer. 

Professor da Univ. Lusíada de Lisboa
Escreve quinzenalmente à quarta-feira

Maria Barroso: a simples homenagem de um não socialista


O seu testemunho é um exemplo que ninguém, seja qual for a sua orientação ideológica, pode esquecer. 


Morreu uma grande Senhora. Digo--o sem que a ela me ligassem quaisquer laços particulares, mas pelo testemunho que devemos dar a quem fez da vida uma causa permanente e a quem fez das causas em que se envolveu um constante motivo de dedicação e entrega.

Não sou, por certo, a pessoa mais indicada para falar do seu percurso de vida e não possuo créditos que me habilitem a escrever do que pouco sei e do que pouco conheço. No entanto, isso não me impede de publicamente expressar a admiração e o respeito que sempre por ela senti.

Um respeito que se projecta em pessoas cuja acção ultrapassa as pequenas diferenças e busca, no que é ou deve ser comum, uma razão determinada de vida. Maria Barroso foi uma pessoa que rasgou fronteiras para ir ao encontro de todos, mesmo que diferentes fossem os seus pontos de vista e distintas fossem as suas convicções políticas ou religiosas.

Sendo uma figura de reconhecido prestígio, nunca fez da distância um código de comportamento e, ao contrário de outros cuja pequenez não se disfarça nem desaparece com a importância dos cargos ocupados, a sua presença era sempre notada e reconhecida, independentemente das circunstâncias ou das transitórias funções desempenhadas.

Lutou, não se resignou, sofreu pelos ideais em que acreditava e demonstrou que as dificuldades podem sempre ser ultrapassadas quando há determinação e fé. O seu testemunho é um exemplo que ninguém, seja qual for a sua orientação ideológica, pode esquecer. 

Professor da Univ. Lusíada de Lisboa
Escreve quinzenalmente à quarta-feira