Assin Salhi, o homem suspeito de ter perpetrado na sexta-feira o atentado ‘jihadista’ em França e de ter decapitado o seu funcionário, reconheceu este domingo ter cometido o homicídio, disse fonte próxima da investigação.
O homem, detido na sexta-feira no local do ataque, uma fábrica de gás industrial perto de Lyon (leste), começou a falar com investigadores no sábado à noite depois de ter permanecido em silêncio desde que foi detido, noticia a Agência France Presse, citando a mesma fonte.
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Yassin Salhi, de 35 anos, forneceu igualmente alguns detalhes sobre as circunstâncias do homicídio, disseram as fontes da investigação, acrescentando que o suspeito será transferido para Paris para ser interrogado pela polícia antiterrorismo.
A confissão de Yassin Salhi surge depois deste homem, casado e pai de três filhos, ter enviado uma “selfie” sua e da cabeça cortada do funcionário para um número WhatsApp no Canadá.
Os investigadores têm alertado, porém, que aquele número pode ser apenas um número de transmissão e que o receptor pretendido pode estar em qualquer parte do mundo.
Na sexta-feira de manhã, Yassin Salhi pegou na sua carrinha e rumou à fábrica da Air Products na cidade francesa de Lyon, onde foi interceptado por bombeiros quando tentava arrombar uma garrafa de acetona, alegadamente para fabricar uma bomba.
Pouco depois, a polícia descobriu a cabeça decepada do chefe de Salhi, às portas da fábrica onde se encontravam duas bandeiras com escritos em muçulmano. O morto tinha 54 anos.
No dia do incidente, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse que o mundo está envolvido numa guerra contra o terrorismo, sublinhando que a França está a enfrentar “uma grande ameaça terrorista” que precisa de ser combatida “a longo prazo”.
Fontes próximas da investigação disseram que Salhi se tornou radical uma década depois de manter contactos com um muçulmano convertido – Frederic Jean Salvi, conhecido como Ali – que é suspeito de preparar atentados na Indonésia para militantes da Al-Qaeda.
Lusa