Depois de duas farmacêuticas terem sido detidas, esta terça-feira, pela Polícia Judiciária (PJ), por alegados crimes de burla ao Sistema Nacional de Saúde (SNS), fonte da PJ afirma que há mais pessoas envolvidas na investigação, nomeadamente clientes da farmácia.
A mesma fonte da PJ acrescenta que as duas detidas trabalhavam numa farmácia em Lisboa.
Estima-se que o valor das burlas ao SNS ascenda a mais de 100 mil euros, disse a fonte da polícia, acrescentando que a investigação às funcionárias da farmácia durava há mais de um ano.
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As farmacêuticas utilizavam receitas do SNS, aproveitando os montantes dos medicamentos comparticipados e não transaccionados para dispensar outros medicamentos aos clientes, um procedimento que obviamente, tinha que ter a permissão destes, acrescentou a fonte da PJ.
A operação foi realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ e envolveu várias buscas, quatro das quais domiciliárias, tendo sido apreendida documentação e material relacionado com a prática da actividade criminosa em investigação.
A investigação foi dirigida pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e contou com a colaboração do Ministério da Saúde.
Por agora apenas as duas farmacêuticas, de 39 e 70 anos, estão detidas e vão ser presentes a tribunal para primeiro interrogatório judicial.