Marques Mendes não parece concordar com as declarações de Pedro Passos Coelho à Reuters na entrevista em que o primeiro-ministro afirmou que crise grega já “não é algo que ponha o euro em risco” ou afecte “países como Portugal”.
No seu habitual espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC, Marques Mendes disse que se a Grécia sair do euro “vai ser um choque” para o euro e os países da moeda única. Mas não será só isso: “As atenções estarão todas concentradas no país mais frágil a seguir [à Grécia], que em princípio somos nós, Portugal.”
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“Portanto”, prosseguiu, “só há aqui uma forma de, depois de resolvermos os problemas imediatos, resolvermos os problemas a médio prazo: é termos juizinho, muito juizinho. Todos os partidos, todos, todos”, sublinhou o social-democrata, que explicou depois o que é o “juizinho”.
Para Marques Mendes, é fundamental “ter um governo com estabilidade” (daí defender a necessidade de uma maioria absoluta, “ganhe o PS ou ganhe a coligação”), seguir “políticas de disciplina, rigor e crescimento” e, por último, “nada de prometer facilidades porque o tempo não é para aventuras”. Ganhe quem ganhar, rematou.