O presidente da RTP, Gonçalo Reis, afirmou esta quarta-feira que os salários na RTP "são bastante aceitáveis" e apontou que a média dos mesmos, excluindo administração e direção de informação, é de 2.100 euros brutos.
O Conselho de Administração da RTP foi esta quarta-feira ouvido na comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação sobre o relatório e contas de 2014 e o plano de actividades da empresa para este ano.
Relativamente às negociações sobre o Acordo de Empresa (AE) com os sindicatos, Gonçalo Reis afirmou: "Fizemos propostas bastante conciliadoras, progressivas do que aquelas que estavam em cima da mesa" da administração anterior.
Sobre os salários dos trabalhadores da RTP, disse que estes "são bastante aceitáveis".
"A média dos salários, retirando a direcção de informação e a administração, é de 2.100 euros brutos, o dobro da média nacional", explicou.
Além disso, "98% dos trabalhadores da RTP ganham mais de 1.000 euros de salário base", acrescentou.
Gonçalo Reis lembrou aos deputados que os salários da actual administração foram definidos pelo Estado.
"Julgo que o Estado teve em consideração as remunerações dos quadros directivos da RTP", acrescentou.
Ainda sobre o AE, Gonçalo Reis garantiu que a administração "valoriza a RTP como empresa pública", não faz ultimatos e tem uma "atitude moderada", recordando que o Acordo de Empresa está a ser negociado há mais de 24 meses.
Deu ainda o exemplo que no caso do suplemento de reforma, em que a anterior administração pretendia reduzir de 6% sobre o salário para 0 (zero), a actual equipa de gestão fez uma proposta para repor.
"Estamos a ser mais generosos do que aquilo que estava em negociação", disse.
A administradora Cristina Vaz Tomé adiantou que actualmente as negociações do AE incidem sobre a progressão da carreira, o suplemento de reforma e a antiguidade.
"A empresa gostaria que fosse implementado um sistema de avaliação de desempenho para todos", pelo que seria necessário "libertar" a progressão automática, adiantou a administradora.
Sobre os centros regionais da Madeira e dos Açores, Cristina Vaz Tomé adiantou que estes "carecem de investimentos de infraestruturas e equipamento" e que já existe um plano para o efeito.
A RTP vai mudar de instalações nos Açores, as quais "não são funcionais".
Na Madeira, as instalações são as adequadas, mas será feito um investimento em tecnologia e engenharia.
Lusa