“Existem pessoas que só possuem uma parte da moral. É um tecido com que jamais fazem uma roupa.”
J. Joubert
Recentemente, fui convidado por pessoas próximas para ir assistir a “um teatro” (afinal, não era nada disso, mas um circo do mais básico possível) no Coliseu dos Recreios, a uma peça (afinal, era uma missa de nível inferior e pior do que se possa imaginar sobre como compreender e conhecer as mulheres).
Na companhia de amigos, com a melhor descontracção e disposição, lá fomos nós ao início da noite de uma sexta-feira para os lados do coliseu. Petiscando nas proximidades desta casa de espectáculos emblemática de Lisboa, e depois, cada um por 15 euros, entrando e sentando-nos nas clássicas cadeiras de um dos melhores espaços da cultura de Lisboa. Qual foi, de início e depois durante todo o tempo (horas intermináveis…), o meu (e de outros que comigo estavam…) espanto pela nojeira, mediocridade, generalismo e pior-do-que-tudo-que se possa imaginar daquilo a que assistimos: uma mulher depressiva, desbocada, demagoga, desequilibrada, de mal com a vida, a exalar de forma deprimente vacuidades e generalismos sobre as mulheres.
Desde a puberdade até outros tempos femininos, vestindo a pele de uma das categorias que tanto propagou no seu espectáculo de baixo nível (de ex-porquita adolescente e pré- -adulta), acabando na figura decadente de, por dinheiro (e pelo dinheiro), expor um filho de sete anos a dançar, de forma foleira, músicas alternativas por 30 euros em pleno palco! Ao mesmo tempo expondo para mulheres e incautos (eu com certeza sendo um dos piores…) a correspondência tecnológica familiar trocada nos últimos dias… Só lá estando, olhando, ouvindo, vendo é que dá para acreditar. Que foi (é) um exemplo da decadência em que vivemos. Uma frustrada, depressiva, ganhando rios de dinheiro à custa de milhares de pessoas, a vender-lhes a “porcaria da sua vida”, como se fosse (seja…) algo de normal e a pedir indirectamente para ser seguida como exemplo (meu Deus…).
O mais grave é que este circo, do tipo religião do feminismo mais básico, estúpido e nojento, levou ao rubro várias mulheres durante horas. Chegando ao cúmulo de parte da sala se levantar salivando e batendo palmas quando esta senhora se dirigiu a todas as mulheres, dizendo-lhes alto e bom som por várias vezes “… a verdade é que nós somos umas desequilibradas…!”. Tal e qual religião pimba da pior espécie. Mas acabei por gostar de lá estar. Para perceber que estou em minoria. Que não aprendi nada. A não ser que há quem ganhe dinheiro à conta de outros a falar do que já toda a gente sabe. Para além disso, confirmei porque é que tantos casais, homens e mulheres, se dão mal e têm problemas. Porque incautos tentam seguir os diagnósticos de gente desequilibrada.
Sinceramente, fiquei estarrecido quando a protagonista “exibiu” e “vendeu” a sua “ideologia mulherenga” à tribo feminista, convocando-a para, por mais dez euros, a seguirem noutros espectáculos e comprarem a sua fidelidade ideológica, que durante aquelas horas ali foi bem descrita. Não duvido de que as mulheres decentes e que contam não estavam ali. Poucas lá estavam. Porque a maioria nada lá aprenderia. Valha-nos isso. O coliseu merece melhor. Porque o que por lá se passou foi uma vergonha para as mulheres.
As inteligentes e decentes, é claro. Mas isto é um sinal dos tempos. Quem nada tem na cabeça inspira-se em gente deste calibre. E depois dizem que é arte e cultura… As mulheres não são isto! Antes pelo contrário! As mulheres não são desequilibradas. São pessoas de uma inteligência e capacidade de afirmação seja pessoal, familiar, profissional ou académica muito grandes. Felizmente, muitas vezes maiores que as dos homens. Daí que o que se tenha passado no coliseu, nessa noite de sexta-feira, seja um exemplo daquilo que a esmagadora maioria das mulheres recusa.
Escreve à segunda-feira