PS, Partido Syriza


Há meses, António Costa declarou que “a vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir na mesma linha”


Evans-Pritchard publicou no “Telegraph” um artigo em que destaca as semelhanças entre o discurso do PS de António Costa e o discurso do Syriza na Grécia, o que já estaria a assustar as capitais europeias, que receiam uma reedição do problema grego. Efectivamente, António Costa não vê qualquer mérito no memorando da troika, defendendo antes a rejeição da austeridade e um regresso ao despesismo de Sócrates. Defende uma descida da TSU dos trabalhadores e propõe-se delapidar 10% do Fundo de Estabilização da Segurança Social em operações de reabilitação urbana, o que comprometerá a sua sustentabilidade. Promete igualmente o regresso às 35 horas de trabalho na função pública e um retorno ao congelamento de rendas. O que este PS defende, como Ferro Rodrigues assumiu no parlamento, é, assim, o regresso a 2011.

Há meses, António Costa declarou ao “Expresso” que “a vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir na mesma linha”. Agora diz em entrevista ao “Observador” que temos de “travar na Europa os combates políticos que têm de ser travados contra as assimetrias do euro (…) não de forma tonta, como o Syriza, mas de uma forma inteligente, construtiva”. E qual é essa forma inteligente? “Não querer convencer os portugueses de que os nossos desequilíbrios se deviam exclusivamente a problemas nacionais”, valorizando antes “a análise dos problemas estruturais do euro”. Com António Costa, o iminente default grego seria imediatamente seguido pelo português.

Professor da Faculdade de Direito de Lisboa
Escreve à terça-feira

 

 

 


PS, Partido Syriza


Há meses, António Costa declarou que “a vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir na mesma linha”


Evans-Pritchard publicou no “Telegraph” um artigo em que destaca as semelhanças entre o discurso do PS de António Costa e o discurso do Syriza na Grécia, o que já estaria a assustar as capitais europeias, que receiam uma reedição do problema grego. Efectivamente, António Costa não vê qualquer mérito no memorando da troika, defendendo antes a rejeição da austeridade e um regresso ao despesismo de Sócrates. Defende uma descida da TSU dos trabalhadores e propõe-se delapidar 10% do Fundo de Estabilização da Segurança Social em operações de reabilitação urbana, o que comprometerá a sua sustentabilidade. Promete igualmente o regresso às 35 horas de trabalho na função pública e um retorno ao congelamento de rendas. O que este PS defende, como Ferro Rodrigues assumiu no parlamento, é, assim, o regresso a 2011.

Há meses, António Costa declarou ao “Expresso” que “a vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir na mesma linha”. Agora diz em entrevista ao “Observador” que temos de “travar na Europa os combates políticos que têm de ser travados contra as assimetrias do euro (…) não de forma tonta, como o Syriza, mas de uma forma inteligente, construtiva”. E qual é essa forma inteligente? “Não querer convencer os portugueses de que os nossos desequilíbrios se deviam exclusivamente a problemas nacionais”, valorizando antes “a análise dos problemas estruturais do euro”. Com António Costa, o iminente default grego seria imediatamente seguido pelo português.

Professor da Faculdade de Direito de Lisboa
Escreve à terça-feira