Ali bin Al Hussein. Decore este nome. Vá lá, é mais fácil do que pensa. Okay, okay, é complicado. Então, chamemos-lhe Ali. Só isso, Ali.
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Ora bem, o bom do Ali é da Jordânia e é agora o nome mais forte para rivalizar com o tremendamente aborrecido Sepp Blatter nas eleições da FIFA daqui a uma semana, no dia 29, em Zurique.
E porquê? De uma assentada, as duas candidaturas europeias afastam-se da corrida eleitoral.
De manhã, é o holandês Van Praag. À tarde, é a vez de Figo.
Tanto um como outro querem mudar o futebol e já. Vai daí, abdicam do protagonismo por uma candidatura única.
Como Ali é o mais forte deles todos, toma lá e embrulha. Se o pacote for bonito, habemus eleições com algum interesse. E quem sabe um novo líder. Uau, unidos venceremos. O sonho comanda a vida. Clap clap clap, é bonito, sim senhor.
E é real? Xiii, que pergunta mais difícil. Irra. E embaraçosa. O problema da FIFA é grande, enorme, quase tão gigante como o Universo.
Primeiro, é de Blatter desde 1998.
Segundo, se pesassem numa balança o seu interesse em futebol, o resultado seria, o quê?, uns quantos (poucos) gramas e e e e e e já era muito.
Terceiro, é um monstro, uma máquina de fazer dinheiro, dinheiro, dinheiro e mais dinheiro sem olhar a meios e à custa dos outros (e quanto mais pobres, melhor). Figo reconhece esses defeitos seculares e não quer embarcar nesta aventura. Nesta coisa da FIFA, venha o Diabo e escolha. Porque o futebol não é (nem será) de todo um espaço para os futebolistas, é só um instrumento de propaganda para um ou outro chico-esperto com cerca de zero por cento de interesse em sentir o futebol.