Best-seller
Ou besta célere, como diria O’Neill. “Mein Kampf” trouxe a Hitler uma fortuna pessoal imensa. A pretensão original era que a obra fosse um tratado político, numa altura em que o dirigente nacionalista estava preocupado em conseguir dinheiro para custear as despesas com a sua defesa em tribunal, em 1924, pelo crime de traição de que foi acusado pelo golpe falhado contra o governo da Baviera. Até à sua morte, em 1945, o livro viria a ser traduzido em 16 línguas, vendendo milhões de exemplares.
Estima-se que Hitler recebesse anualmente cerca de 900 mil euros, pagando a compra e expansão do seu retiro alpino de Berghof.
Dinheiro para quê?
Apesar de toda a sua riqueza, Hitler manteve uma atitude ascética em relação ao dinheiro. Renunciou ao salário de chanceler do Reich e, segundo o seu motorista, não só não precisava de dinheiro como abdicou de andar com ele.
Arrependimento
Após ter chegado ao poder, Hitler viria a lamentar ter publicado “Mein Kampf”. Preocupava-o a natureza reveladora do livro, não só no que diz respeito à sua natureza pessoal mas também porque nele deu conta dos seus planos para o futuro da Alemanha. Um aviso que o mundo ignorou.