FBI deteve suspeito de tentar vender segredos nucleares ao estrangeiro

FBI deteve suspeito de tentar vender segredos nucleares ao estrangeiro


Charles Harvey Eccleston, de 62 anos, foi detido nas Filipinas, onde vivia desde 2011 e extraditado para os Estados Unidos.


O FBI informou, esta sexta-feira, ter detido um antigo funcionário da Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos (NRC) por ter alegadamente tentado extrair informação sensível em matéria nuclear do departamento de Energia para a vender a países terceiros.

Charles Harvey Eccleston, de 62 anos, foi detido nas Filipinas, onde vivia desde 2011 e extraditado para os Estados Unidos, para ser julgado.

O antigo funcionário da NRC enfrenta quatro acusações, incluindo fraude electrónica, pelas quais, se considerado culpado, pode ser condenado a uma pena de até 50 anos de prisão.

Eccleston terá tentado aceder a informação sensível por via de uma variação da técnica de ‘phishing’ (conhecida como ‘spear-phishing’), através da qual se envia uma mensagem de correio electrónico a uma série de destinatários que aparece como proveniente de uma fonte segura, já que estes conhecem o emissor.

Contudo, ao Abril o email, o computador do destinatário fica infectado por um vírus informático por via do qual se pode extrair informação que armazena.

Eccleston foi despedido da NRC em 2010 e após abandonar a agência governamental ter-se-á dirigido a uma embaixada – de um país não identificado – e proposto providenciar-lhes informação classificada que havia obtido da Administração dos Estados Unidos, levantando as suspeitas por parte do FBI.

A polícia federal enviou então agentes encobertos para se encontrassem com Eccleston, fazendo-se passar por representantes de um país e, segundo as autoridades, o ex-funcionário da NRC ofereceu-se para enviar mensagens de correio electrónico fraudulentos para danificar os computadores do departamento de Energia e retirar a informação sensível em troca de dinheiro.

Eccleston enviou e-mails a mais de 8 antigos colegas de trabalho em Janeiro deste ano, mas o FBI garantiu que nenhum computador da agência foi infectado.

Lusa