A migrante de 24 anos da Eritreia foi salva na costa grega, na Ilha de Rhodes.
O espectacular salvamento de Antonis Deligiorgis, o sargento que ficou conhecido como o herói da praia grega, foi o culminar de uma jornada de sofrimento de Nebiat, num fim-de-semana negro que terminou na morte de mais de mil migrantes quando tentavam atravessar o Mediterrâneo em procura de uma vida melhor.
A família de Nebiat pagou mais de 10 mil dólares para lhe dar a oportunidade de começar uma vida nova na Europa. O objectivo era chegar à Suécia. Apanhou um autocarro até à pequena cidade de cidade de Teseney – antes de uma caminhada de 70 quilómetros até Kessalla, uma cidade que faz fronteira com o Sudão.
Depois foi levada de carro até à capital sudanesa Cartum, antes de apanhar um voo até Istambul com passaporte falso.
Uma vez na Turquia, viajou até à costa e em Marmaris acabou por se meter num barco de madeira até àquela ilha grega.
Depois a tragédia, o barco desfez-se com 100 pessoas a bordo, morreram três, uma delas uma criança, e Wegasi – depois de ter sido salva por – foi levada até ao Hospital de Rhodes.
"Não me lembro de muita coisa. Estava na água e com medo e agora estou aqui. Sinto-me com sorte. Tenho família em casa e tenho a sorte de ter conseguido", falou à saída do tribunal depois de ter sido declarada livre e de ter passado três dias no hospital a recuperar de uma pneumonia.