Administrador do grupo Lena fica preso preventivamente, mas pode ir para casa em breve

Administrador do grupo Lena fica preso preventivamente, mas pode ir para casa em breve


Joaquim Barroco é suspeito de ter pago dinheiro a Santos Silva que, na verdade, seria para Sócrates.


O interrogatório não dissipou as suspeitas de que Joaquim Barroca Rodrigues, administrador do grupo Lena, terá sido um dos corruptores de José Sócrates. Perante os indícios recolhidos, o juiz Carlos Alexandre decidiu esta tarde que o administrador do grupo de Leiria fica em prisão preventiva. Mas em breve poderá ir para casa. Durante a leitura das medidas de coacção a Joaquim Barroca Rodrigues e ao seu advogado, feita a partir das 15h, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) determinou que a prisão preventiva poderá ser convertida em obrigação de permanência na habitação com pulseira electrónica, caso o relatório da Direcção Geral de Reinserção Social assim o permita.

Joaquim Barroca Rodrigues foi detido esta quarta-feira depois de buscas à sede da empresa, em Leiria, e à sua casa. O grupo Lena já tinha sido alvo de buscas em Novembro, quando José Sócrates, o empresário Carlos Santos Silva e o motorista João Perna foram detidos.

Durante o interrogatório, Joaquim Barroca terá sido confrontado com elementos enviados pelas autoridades suíças sobre as transferências de dinheiro para as contas de Santos Silva. O empresário suspeito de ser o testa-de-ferro de Sócrates já tinha sido confrontado com estes dados mas alegou que aqueles montantes tinham sido pagos a título de prémios.

O administrador do grupo ligado à construção teve ainda de desfazer dúvidas sobre os negócios adjudicados ao grupo Lena pelo Estado durante o período em que José Sócrates esteve no poder.