Uma violenta réplica de magnitude 6,7 na escala de Richter abalou neste domingo o Nepal. Na véspera, a China e Índia também tinham sentido o abalo, anunciou o Instituto Norte-Americano de Geofísica (USGS).
Esta réplica atingiu uma zona situada no noroeste de Katmandu, não muito longe da fronteira com a China, à uma profundidade de 10 quilómetros, precisou o USGS.
O abalo foi sentido até na região do Monte Everest, nos Himalaias, onde provocou novas avalanches, segundo montanhistas que estão no local.
O montanhista Jim Davidson escreveu na rede social Twitter que o abalo foi sentido no campo base do Everest, menor que o primeiro, mas que também provocou avalanches na região.
Pelo menos 17 alpinistas morreram e 51 ficaram feridos como resultado de avalanches na região do Monte Everest após o terramoto de sábado. Entre os feridos, 41 estão em estado grave, segundo uma fonte do Ministério do Turismo nepalês.
O número de mortos na sequência do forte sismo de magnitude de 7,9 na escala de Richter de sábado atinge os 2430, segundo o ministro do Interior do Nepal.
O porta-voz da Polícia Nacional do Nepal, Kamal Singh Ban, afirmou que no Nepal o número de vítimas mortais subiu para 1.953, enquanto fontes oficiais da Índia, que também foi afetada pelo terramoto, reviram em alta o balanço de 34 para 53 mortos.
Estimativas divulgadas hoje pela ONU indicam que o sismo afetou cerca de 6,6 milhões de pessoas em 30 distritos do Nepal. As manifestações de solidariedade para com o Nepal têm-se multiplicado, com inúmeros governos e organizações internacionais a oferecerem ajuda.
Índia e China afetadas pelo abalo telúrico – e com o registo de 53 e 17 mortos, respetivamente – anunciaram o envio de equipas para Katmandu, à semelhança de outros países e territórios da região, como Japão, Sri Lanka, Paquistão, Singapura ou Taiwan.
Os Estados Unidos anunciaram ainda no sábado, dia da catástrofe, o envio de uma equipa de especialistas em resposta a catástrofes, à semelhança da União Europeia, tendo Washington prometido de igual modo um milhão de dólares em ajuda para responder às primeiras necessidades pós-sismo.
Alemanha, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Espanha também prometeram assistência, com a Noruega a anunciar que vai facultar 30 milhões de coroas (3,5 milhões de euros) em ajuda humanitária.
Lusa