Vítor Pereira já foi. Quem será o próximo?

Vítor Pereira já foi. Quem será o próximo?


Um já está, três vão a caminho, e dois são carta fora do baralho. É este o saldo português na Europa do futebol.


José Mourinho teve André Villas-Boas como fiel escudeiro que, por sua vez, recrutou Vítor Pereira para a mesma função, na memorável época de 2010/11. Somemos a estes três nomes os de Paulo Sousa, Nuno Espírito Santo e Leonardo Jardim e encontramos os seis treinadores portugueses a exercerem funções fora de Portugal, nos campeonatos de maior expressão da Europa.

Com a maioria dos principais campeonatos da Europa na recta final, a seis ou menos jornadas do final, Vítor Pereira é, até agora, o único a conseguir sagrar-se campeão. A quatro jogos do fim, o bicampeão nacional pelo FC Porto somou o primeiro campeonato fora de portas ao seu currículo, pelo Olympiacos. Mas dificilmente será o único, com três dos restantes cinco treinadores a liderarem as respectivas ligas dos campeonatos onde estão inseridos. Sem hipóteses, estão Nuno Espírito Santo e Leonardo Jardim. O antigo guarda-redes do FC Porto deixou o Rio Ave, que treinava há dois anos, e aventurou-se no Valencia. Muitos consideravam ser um passo maior do que a perna, mas Nuno está a mostrar serviço, ao colocar o Valencia no quarto lugar, já muito longe do primeiro classificado, o Barcelona. Mais impressionante está a ser o percurso de Leonardo Jardim, que deixou o Sporting no final da temporada passada em troca de uma mão cheia de nada, o Monaco. Mesmo sem Falcao, James Rodríguez e Rivière, o português tem operado um verdadeiro milagre no principado, colocando o Monaco na terceira posição, a cinco jornadas do fim do campeonato.

Voltemos ao princípio, a José Mourinho, o homem que colocou os treinadores portugueses nas bocas do mundo, depois de conquistar o campeonato inglês na sua época de estreia no estrangeiro, em 2004/05. Agora, o Special One aproveitou a quebra do maior rival e ainda campeão em título, o Manchester City, para aumentar a vantagem para 10 pontos, ao longo das últimas 13 jornadas. A cinco jornadas do final, a matemática ainda não lhe permite festejar, algo que deverá acontecer no princípio de Maio.

Paulo Sousa é o único destes seis treinadores a ostentar o título de campeão, ainda que pelo Maccabi Telavive, de Israel. Actualmente a treinar o Basileia, na Suíça, também está bem encaminhado para dar o hexacampeonato à sua equipa. A oito jornadas do fim, o Basileia tem 10 pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o Young Boys.

Sobra André Villas-Boas, que passadas quatro temporadas está a poucos pontos de voltar a ser campeão, depois de em 2010/11, pelo FC Porto, ter vencido o campeonato, a taça, a supertaça e ainda a Liga Europa. Nos últimos anos passou pelo Chelsea, Tottenham e Zenit, sem nunca ter conseguido vencer um título, ou até mesmo completar uma temporada. No ano passado, assumiu o comando do Zenit à 22ª jornada, a três pontos do Lokomotiv Moscovo. Três jornadas depois estava na frente, onde se manteve até à penúltima jornada, quando perdeu o comando para o CSKA Moscovo, que viria a vencer o campeonato, com um ponto a mais do que o Zenit. Este ano, e presente desde o primeiro dia, Villas-Boas não está a dar hipóteses à concorrência, seguindo com oito pontos de avanço, a seis jornadas do fim.

Um já está, três vão a caminho, e dois são cartas fora do baralho. É este o saldo dos técnicos portugueses na Europa.