Zezé Camarinha


Enfermeiras? Mulheres. Operadoras de telemarketing? Mulheres. Empresários? Homens.


O estudo tem piada. A Universidade de Washington pôs os seus pesquisadores em campo para tentar perceber que tipo de imagem nos devolvem os motores de busca quando procuramos por uma profissão. Não é preciso ser um génio para perceber o resultado. Enfermeiras? Mulheres. Operadoras de telemarketing? Mulheres. Empresários? Homens.

A conclusão é a esperada e, indignação à parte, ninguém pode ficar realmente espantado: os motores de busca, ainda que movidos a algoritmos, são tão preconceituosos como o mais retrógrado dos neandertais. A cereja no topo do bolo vem já a seguir. Experimente pesquisar no Google por imagens de CEO.

Spoiler alert: aparecem dezenas e dezenas de imagens de homens de fato e gravata – brancos, claro, porque o estudo também conclui que os motores de busca tem tendência para ignorar as etnias. Depois de muito scrolldown na página, lá aparece – aleluia – a primeira mulher. Não é a Ginni Rometty, da IBM, nem a Mary Barra, da General Motors, nomes que estão no topo da lista da "Fortune" de mulheres empresárias bem-sucedidas. A cara é familiar. É de alguém que todos conhecemos muito melhor que estas duas últimas e que não perguntamos "Quem?" ao ouvir o seu nome. Barbie. É a Barbie.

A Barbie, essa empresária de cintura de vespa e longos cabelos louros, é a primeira CEO de sexo feminino (de plástico, é certo) a aparecer na pesquisa. Depois de rebolar a rir, resolvi fazer outras pesquisas só para concluir que o Google é uma espécie de Zezé Camarinha. Fala é melhor inglês.

 

Zezé Camarinha


Enfermeiras? Mulheres. Operadoras de telemarketing? Mulheres. Empresários? Homens.


O estudo tem piada. A Universidade de Washington pôs os seus pesquisadores em campo para tentar perceber que tipo de imagem nos devolvem os motores de busca quando procuramos por uma profissão. Não é preciso ser um génio para perceber o resultado. Enfermeiras? Mulheres. Operadoras de telemarketing? Mulheres. Empresários? Homens.

A conclusão é a esperada e, indignação à parte, ninguém pode ficar realmente espantado: os motores de busca, ainda que movidos a algoritmos, são tão preconceituosos como o mais retrógrado dos neandertais. A cereja no topo do bolo vem já a seguir. Experimente pesquisar no Google por imagens de CEO.

Spoiler alert: aparecem dezenas e dezenas de imagens de homens de fato e gravata – brancos, claro, porque o estudo também conclui que os motores de busca tem tendência para ignorar as etnias. Depois de muito scrolldown na página, lá aparece – aleluia – a primeira mulher. Não é a Ginni Rometty, da IBM, nem a Mary Barra, da General Motors, nomes que estão no topo da lista da "Fortune" de mulheres empresárias bem-sucedidas. A cara é familiar. É de alguém que todos conhecemos muito melhor que estas duas últimas e que não perguntamos "Quem?" ao ouvir o seu nome. Barbie. É a Barbie.

A Barbie, essa empresária de cintura de vespa e longos cabelos louros, é a primeira CEO de sexo feminino (de plástico, é certo) a aparecer na pesquisa. Depois de rebolar a rir, resolvi fazer outras pesquisas só para concluir que o Google é uma espécie de Zezé Camarinha. Fala é melhor inglês.