Rezam as páginas da mitologia nórdica que o cadáver do deus Baldr – os deuses também morriam… – foi colocado numa barca à qual foi deitado fogo e empurrada para o mar. O espírito do deus ascenderia ao Vallahala, o reino do além, juntamente com o fumo.
Mas uma coisa é a mitologia, e outra a história. Apesar de a bela imagem da barca em chamas a iluminar na noite se ter popularizado, era muito mais comum os chefes víquingues serem sepultados nos navios, sim, mas em terra.
Uma dessas sepulturas foi encontrada em 1904 numa quinta perto de Tønsberg, na Noruega. Hoje, esse dracar, de seu nome Oseberg, encontra-se no Viking Ship Museum, em Bygdøy, Oslo. Mas está prestes a mudar de casa, para o recém-construído Viking Age Museum. Deslocar um navio com 1200 anos não é tarefa fácil – mesmo que a distância da antiga para a nova localização seja de uns meros cem metros – e para o efeito foi construída uma estrutura de aço onde o navio viajará, com a ajuda de um guindaste. No dia 10 de setembro saberemos como correu a operação.







