Casas: preço médio de venda sobe para os 420 mil euros

Casas: preço médio de venda sobe para os 420 mil euros


E o do arrendamento atinge os 1.350 euros. Os dados são referentes ao mês de julho e mostram uma tendência crescente mas diferente entre concelhos. Especialistas alertam que preços não deverão descer.


Os preços das casas voltaram a crescer e o preço médio de venda subiu para os 420 mil euros em Portugal, ao passo que o do arrendamento chegou aos 1.350 euros. Os dados, apresentados pelo Imovirtual, dizem respeito ao mês de julho.

Os números mostram que Lisboa continua a ser o distrito mais caro para comprar casa, com um preço médio de 635 mil euros, valor não muito diferente do mês anterior mas com um crescimento de 18% face ao mesmo período do ano passado.

Coimbra, onde o valor médio ronda os 275 mil euros, conta com um crescimento expressivo de 32% face ao mesmo período do ano passado.
Já Leiria registou uma ligeira subida mensal de 2%, atingindo os 329 mil euros, e Santarém também valorizou 2%, chegando aos 250 mil euros, ambos com crescimentos anuais de 14% e 32%, respetivamente. Castelo Branco subiu para os 90 mil euros, refletindo um crescimento mensal de 7% e anual de 3%.

Rumando a sul, Faro registou uma subida mensal de 3%, com o preço médio a atingir os 550 mil euros. Comparando com o ano anterior, o crescimento é de 22%. Já Setúbal subiu ligeiramente para os 445 mil euros, enquanto Évora se manteve estável nos 275 mil euros mas com uma subida anual de 25%.
No norte, destaca-se o Porto que chegou ao preço médio de 399.900 euros no mês de julho. Mais 10% que o mês homólogo do ano anterior. Braga e Aveiro também mostraram subidas nos preços enquanto Viana do Castelo registou uma ligeira descida mensal de 2%, fixando-se nos 290 mil euros, ainda que com um crescimento anual de 16%. Vila Real subiu para 189 mil euros (+8% mensal), e Viseu destacou-se com um crescimento de +13% no último mês, alcançando os 215 mil euros (+23% face ao ano anterior). Bragança manteve-se nos 120 mil euros e a Guarda chegou aos 110 mil.
Olhando ainda para as ilhas, a da Madeira chegou aos 575 mil euros, uma subida de 5% face a junho e 20% em termos homólogos. A Ilha de São Miguel manteve-se nos 305 mil euros e a Terceira permaneceu estável nos 175 mil euros.

Arrendamento também cresce
E se os preços vão disparando mês após mês no que diz respeito à venda, o arrendamento vai seguindo o mesmo caminho. A nível nacional, a média disparou para os 1.350 euros, um crescimento de 4% face ao mês anterior.
Tal como acontece na venda, Lisboa é o distrito mais caro para arrendar casa, com o valor médio a chegar aos 1.700 euros, mais 3% face a junho, ainda que tenha registado uma quebra de 6%. Santarém 800 euros), Coimbra (800 euros), Leiria (850 euros) também cresceram. Já Castelo Branco (550 euros), viu os preços caírem 8% face ao ano passado.
Já o Porto registou uma subida de 9%, atingindo os 1.200 euros, enquanto que Aveiro manteve-se estável nos 900 euros.

No Sul, o valor médio das rendas em Faro subiu para os 1.400 euros (+8% face a junho), mantendo-se como o distrito com as rendas mais elevadas da região. Setúbal também registou uma subida, fixando-se nos 1.220 euros (+2%).

E nas ilhas, São Miguel registou a maior subida mensal, com um crescimento de 33%, fixando-se nos 1.400 euros. É um crescimento anual de 65%.

Pelo contrário, a Terceira desceu para os 700 euros, uma quebra mensal de -18%, ainda assim 4% acima do valor registado no ano anterior. Já a Ilha da Madeira registou uma descida mensal de 4%, com o valor médio a fixar-se agora nos 1.675 euros, representando ainda uma subida homóloga de +12%.

Recorde-se que o especialista em habitação e consultor imobiliário André Casaca já chegou a justificar ao nosso jornal que a resposta para o aumento de preços é «simples», traduzindo-se na «falta de oferta». Mas alertou que «é preciso ter em conta a fonte onde verificamos a subida dos preços e a forma como esta é calculada. A ausência de dados fiáveis sobre os preços reais de transação cria, por vezes, dificuldade em perceber com clareza os movimentos reais do mercado».

E atirou ainda: «Só antevejo uma queda de preços se houver uma retração da procura. E, no caso da habitação, essa retração só deverá acontecer se houver dificuldades no acesso ao crédito, seja por via do aumento das taxas de juro, restrições bancárias ou perda de rendimento disponível por parte dos compradores».