Diz-se que os jornais são os primeiros testemunhos da história. O relato do que acontece em cada momento e que, no futuro, servirão de barómetro e registo para os historiadores. É esse, aliás, o motivo por que os jornais em papel têm importância para a maioria dos protagonistas. Um texto sobre eles num jornal ficará como que para sempre gravado na pedra, consultável numa hemeroteca, legível para todos aqueles que queiram consultar o que foi a história de um certo período.
Nos últimos 16 anos, poucos jornais tiveram capas tão marcantes e irreverentes como as do i. A sua consulta será fundamental para os historiadores do futuro reconstruírem o tempo a que nós chamamos de presente. Para mim, que acompanhei a sua história sobretudo como leitor, muitas dessas capas deixaram-me sempre, confesso, com uma pontinha de inveja – aquela em que dizemos para nós próprios “gostava de ter tido esta ideia”. Algumas dessas capas estão nesta edição. A última do i no seu formato atual.
Em breve o i – Inevitável – terá um novo destino. Será reformulado, terá uma nova vida em formato de revista, juntamente com o Nascer do SOL, com novos proprietários e uma nova direção que, tenho a certeza, lhe darão um novo rumo. Nestes breves quatro meses em que o meu nome esteve no cabeçalho, aprendi a admirar ainda mais o trabalho de todos os que o fazem e fizeram: uma equipa incansável, determinada e unida, que vestiu a camisola como em nenhuma outra redação por onde passei. É a eles que cabe o protagonismo nesta última edição e para quem só tenho uma palavra: obrigado. Pela forma como fui recebido e por assim poder dizer que fui um pequeno grão de areia nesta história que leva 3996 edições.
Diretor







