Prisões. Cerca de 7.450 telefones fixos disponíveis para reclusos

Prisões. Cerca de 7.450 telefones fixos disponíveis para reclusos


Este investimento “é muito importante, porque vem permitir uma maior humanização nos contactos dos reclusos, permitir a ligação às famílias e tirar alguma pressão que existe”


Cerca de 7.450 telefones foram instalados em celas dos 49 estabelecimentos prisionais, revelou esta quarta-feira o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais.  O investimento é na ordem dos sete milhões de euros, 

“Não ficou nenhum de fora”, afirmou aos jornalistas Orlando Carvalho, que esta quarta-feira acompanhou a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, numa visita ao Estabelecimento Prisional de Leiria Jovens (conhecido como prisão-escola).

A visita assinalou a conclusão da instalação de telefones fixos em todas as celas do sistema prisional. Segundo o diretor-geral, nesta prisão os telefones, cerca de 220, foram colocados “em todas as celas e pavilhões que estão ocupados”.

Questionado sobre eventuais falhas neste processo, Orlando Carvalho declarou que a direção-geral teve “reporte no início, na instalação, de algumas dificuldades em termos de operacionalização do sistema”.

“Ultimamente, não há qualquer queixa, o sistema é muito mais favorável para os reclusos“, pois permite-lhes “um maior tempo de utilização do telefone, que está disponível entre as 07h00 e as 22h00”, e “uma hora de acesso para os números que estão previamente autorizados”, referiu.

De acordo com o diretor-geral, acrescem “cerca de 10 números de interesse público que são grátis” e para os quais os reclusos “podem ligar em qualquer momento, em qualquer hora”, como o da Provedoria da Justiça.

“Este telefone tem ainda uma outra funcionalidade extremamente importante, que é um botão de alarme”, o que “retira do sistema a pressão das campainhas de chamada”, observou Orlando Carvalho, citado pela agência Lusa. 

O investimento, iniciado em 2020, foi na ordem dos sete milhões de euros. A ministra da Justiça considera que este investimento “é muito importante, porque vem permitir uma maior humanização nos contactos dos reclusos, permitir a ligação às famílias e tirar alguma pressão que existe”.

Ressalvando que “não é possível contactar com qualquer pessoa, nem em quaisquer condições“, a governante esclareceu que “o sistema é controlado pela direção do estabelecimento prisional, quer quanto aos números que podem ser utilizados, quer quanto aos períodos” de utilização.

“Há regras, como não poderia deixar de o ser, mas permite fazer uma mais fácil e uma maior aproximação dos reclusos às suas famílias”, afirmou Rita Alarcão Júdice, exemplificando com um recluso que queira contactar o filho quando este acaba as suas aulas.