Espanha. Primeiro-ministro diz ser “político limpo”

Espanha. Primeiro-ministro diz ser “político limpo”


O líder do executivo espanhol anunciou um “plano estatal de luta contra a corrupção” com 15 medidas “desenhado conjuntamente” com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)


O primeiro-ministro de Espanha garantiu esta quarta-feira que é “um político limpo” e reiterou que não se demite nem vai antecipar eleições. Pedro Sánchez voltou a pedir  desculpa pela corrupção na cúpula do Partido Socialista Espanhol (PSOE). 

Sánchez esteve esta quarta-feira no parlamento espanhol a prestar esclarecimentos sobre o caso de corrupção que envolve antigos dirigentes socialistas e, nas suas próprias palavras, a tentar “recuperar a confiança” dos partidos que o reinvestiram primeiro-ministro em novembro de 2024. Este grupo, conhecido como gerigonça, integra oito forças políticas.

Com esse objetivo, o líder do executivo espanhol anunciou um “plano estatal de luta contra a corrupção” com 15 medidas “desenhado conjuntamente” com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), assim como com vários dos partidos da geringonça e “peritos da sociedade civil”.

Segundo Sanchéz, o plano pretende ser “o maior impulso à prevenção, luta e reparação da corrupção das últimas décadas” em Espanha e colocar o país “na vanguarda” da Europa nesta questão.

Sánchez assumiu esta quarta-feira perante os deputados que pensou demitir-se quando a 12 de junho foi conhecido o relatório policial que envolve o então “número três” do PSOE, Santos Cerdán, num caso de corrupção, ao lado de outro ex-dirigente do partido e antigo ministro, José Luis Ábalos.

“Mas depois de refletir e de ouvir muita gente compreendi que deitar a toalha ao chão nunca é uma boa opção. Não vou deitar a toalha ao chão e vamos continuar“, disse Sánchez.

O líder socialista afirmou que vai continuar à frente do Governo e do PSOE porque é “um político limpo que desconhecia as corruptelas” de Cerdán e Ábalos, por querer “recuperar a confiança” dos parceiros parlamentares e de coligação e por querer defender “o projeto político” que lidera.

Durante quase 45 minutos, Sánchez reiterou também, várias vezes, o pedido de desculpas pela corrupção no PSOE, dizendo que como pessoa que nomeou Cerdán e Ábalos para cargos de topo tem “evidentemente parte da responsabilidade” e a assume.