O líder regional do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, reuniu-se na tarde desta segunda-feira com o líder regional do PSD para “tentar um acordo”, que poderá passar por um entendimento parlamentar ou um acordo de coligação. O presidente do CDS-PP/Madeira foi o único deputado eleito pelos partido nas eleições regionais antecipadas de domingo e poderá ser a chave para Miguel Albuquerque chegar à maioria absoluta.
Recorde-se que o PSD saiu vencedor nas eleide domingo, com 43,43% dos votos e 23 deputados, ficando a um deputado de obter a maioria absoluta necessária para governar. A maior surpresa foi o Juntos Pelo Povo, com 21,05% e 11 deputados, que acabou por superar o PS, tornando-se a segunda maior força política do arquipélago. Já os socialistas foram os grandes derrotados da noite e desceram ao terceiro lugar, com 8 deputados e 15,64% de votos.
Em quarto ficou o Chega com 3 mandatos (5,47%) – tendo perdido quase 5 mil votos face às eleições anteriores. Seguem-se o CDS-PP e a IL, que elegeram um deputado cada. Já a CDU e o BE permanecem fora do parlamento regional e o PAN perde o lugar que tinha ganhado nas eleições anteriores.
A taxa de abstenção nas regionais foi de 44,02%, inferior à de 46,60% registada nas eleições anteriores, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SG-MAI).
Faltando apenas um deputado para a maioria absoluta, o CDS pode ser a solução mais fácil para Miguel Albuquerque chegar ao número mágico de 24 deputados, que lhe permite governar.
Fora da equação está a IL, que também elege 1 deputado, mas já tinha excluído a possibilidade de viabilizar um governo do PSD com Miguel Albuquerque.
Sobre a possibilidade de um governo alternativo, com coligação à JPP, por exemplo, José Manuel Rodrigues recordou que sempre disse estar disposto para discutir com todos os partidos, mas que houve “um sinal inequívoco, que é uma vitória do PSD com 23 deputados”.
Para já, ainda não há acordos confirmados, mas, na reação à vitória, Albuquerque deixou claro que “o povo quer estabilidade para quatro anos” e “não quer brincadeiras de partidos”.
“Esta votação é também uma clara derrota da coligação de esquerda e da agenda de maledicência que imperou durante toda a campanha”, sublinhou o líder regional do PSD.