O ministro da Presidência pediu esta sexta-feira ao líder do PS que se retrate das insinuações de que a Spinumviva, que pertencia ao primeiro-ministro, era uma empresa de fachada.
“Nós já estamos naquela fase em que, depois de semanas de insinuações” contra o primeiro-ministro, essas suspeitas “foram e estão a ser desmontadas uma a uma e mostradas como falsas”, afirmou Leitão Amaro.
Daí que, “começa a ser o momento desses dirigentes políticos se retratarem das insinuações e suspeitas que lançaram”, acrescentou o governante à margem da conferência “Família, Imigração e Discriminação”, organizada pela Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF).
“Hoje sabemos que a palavra do primeiro-ministro era verdadeira e que as insinuações do líder do Partido Socialista eram falsas”, disse Leitão Amaro, recordando que “foi conhecida uma reportagem que demonstrou cabalmente e definitivamente que o líder da oposição faltou à verdade nas insinuações que fez quando dizia que o primeiro-ministro tinha tido uma empresa de fachada e sem atividade”.
O ministro referia-se a um trabalho do Observador que pormenoriza a existência de trabalhos regulares da empresa, em particular ao grupo hoteleiro e de casinos Solverde.
“Nessa reportagem séria de um órgão de comunicação social com acesso a documentação, ficou demonstrado que sim, aquilo era uma empresa e uma empresa real, com atividade real, com colaboradores reais, a prestarem serviços que até não são especialmente caros para o mercado”, afirmou Leitão Amaro.
A crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, que levantava dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.
Depois de mais de duas semanas de notícias, de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, a crise política acabou com a queda do governo, após o chumbo de uma moção de confiança.
“Neste Governo, somos todos independentes e o primeiro-ministro estabelece esse exemplo. É totalmente independente de quaisquer interesses particulares”, assegurou Leitão Amaro, considerando que “têm caído todas as insinuações feitas uma a uma” sobre a idoneidade de Luís Montenegro.
O ministro da Presidência insistiu que “quem fez e quem lançou suspeitas infundadas, perceba e se retrate das acusações e insinuações graves que fez”, acrescentando que “hoje
sabemos que a palavra do primeiro-ministro era verdadeira e que as insinuações do líder da oposição do Partido Socialista eram falsas”.