Operação Marquês. Sócrates fica hoje a saber quando começa a ser julgado

Operação Marquês. Sócrates fica hoje a saber quando começa a ser julgado


Antigo primeiro-ministro, de 2005 a 2011, responde por 22 crimes, depois de a Relação ter reposto a quase totalidade de acusações que Ivo Rosa tinha deixado cair na fase instrutória.


A juíza que vai presidir ao coletivo que vai julgar Operação Marquês vai anunciar, esta segunda-feira, a data para o arranque em reunião do processo em tribunal, numa reunião com as defesas marcada para as 10 horas no Campus de Justiça, em Lisboa.

A reunião foi agendada no final de janeiro, quando a juíza Susana Seca do Tribunal Central Criminal de Lisboa convocou para a manhã de hoje.

O julgamento, que tem como principal arguido o antigo primeiro-ministro José Sócrates, vai decorrer no Campus de Justiça.

Sublinhe-se que se o julgamento arrancar até ao início de maio vai decorrer em simultâneo com a campanha eleitoral e as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, na sequência da queda do Governo, depois dedo chumbo da moção de confiança ao Executivo de Luís Montenegro.

No âmbito deste processo, José Sócrates foi acusado pelo Ministério Público, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal. No entanto, o juiz Ivo Rosa deixou cair 25 dos crimes na decisão instrutória de 9 de abril de 2021.Assim, o antigo primeiro-ministro (de 2005 a 2011) foi pronunciado apenas por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.

Mais tarde, em janeiro de 2024, uma decisão da Relação recuperou quase na totalidade a acusação do Ministério Público e determinou a ida a julgamento de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros, revogando a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, que remeteu para julgamento apenas José Sócrates, Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara, Ricardo Salgado e o antigo motorista de Sócrates, João Perna.

José Sócrates, de 67 anos, vai responder por 22 crimes: três de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal.