Como é sabido, há 3 formas de poder: o conhecimento, a ocupação de um cargo político, através de eleição ou nomeação por decreto, e a capacidade de “arregimentar” uma multidão para pressionar o poder político (os sindicatos). Há também uma modalidade, “parente” do “poder”, que é o chamado “poder do querer”, que é a capacidade de “obrigar” terceiros a determinados actos a nosso favor. Mas este último já cai um pouco na chamada coacção, quer psicológica quer física, ou até material (económica), actuação já típica das “máfias”.
Mas com Maquiavel (Príncipe) nasceu uma forma diabólica de poder não convencional, como o comprometer a credibilidade de uma pessoa como forma de a enfraquecer quando o seu prestígio começa a fazer sombra a outros que, já há muito, perderam prestígio e credibilidade, técnica usada para não serem substituídos por esses que são melhores e mais puros. Claro que ainda há métodos como os descritos, por Mário Puzo (Padrinho), em que são feitas “ofertas” que ninguém pode recusar sem colocar em causa a sua própria vida, no caso de as recusar…
… Mas agora e aqui do que se trata é de estratégia “convencional”!
Num tempo da chamada era da “informação”, em que ela própria (informação) é hoje das coisas mais traficadas, porque, hoje, se assume como poder ter informação, com o que se passa e com quem se passa, como forma de tirar vantagem pela antecipação do conhecimento e da consequente acção que ele permite.
Ora, assim sendo, não parece curial nem lógico que se criem condições para ajudar quem nos quer “destruir” ou, pelo menos, prejudicar! Por isso, é necessário criar uma estratégia de “defesa comunicacional”, de alta segurança, e, simultaneamente, responder a terceiros com “actos” iguais àqueles que foram colocados para nos “observar” e divulgar, publicamente, aquilo que for encontrado. Dessa forma, pesca-se o “peixe” com o próprio “isco” que terceiros tinham usado para nos “pescar”…
E tudo isto deverá ser feito com a máxima discrição, grande eficácia e, sobre tudo, com um sorriso nos lábios. É o sorriso da victória do bem sobre o mal, da salvaguarda do colectivo contra o individual e da prioridade e necessidade de preservação da emprese e de todos os valores que ela representa para as pessoas e para o País.
Sociólogo