Xi pede calma nas tensões comerciais com os EUA

Xi pede calma nas tensões comerciais com os EUA


Presidente da China acrescentou que os funcionários devem melhorar a sua “consciência ideológica” e adotar “uma visão correta das realizações políticas”


O presidente chinês apelou hoje aos quadros do Partido Comunista para responderem “com calma” aos “desafios trazidos pelas mudanças na situação doméstica e internacional”, num período de agravamento das tensões comerciais com os EUA.

“Devemos reforçar as nossas capacidades políticas e responder com calma aos desafios trazidos por estas mudanças”, afirmou Xi Jinping , durante uma reunião de trabalho do partido.

Segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, o líder chinês pediu aos quadros do regime que se esforcem para “aprofundar ainda mais a reforma, expandir a abertura de alto nível, promover a recuperação sustentada da economia, melhorar constantemente o nível de vida das pessoas e garantir a estabilidade social”.

Xi Jinping pediu aos funcionários para aderirem ao “tom geral do trabalho do Partido” de “fazer progressos, mantendo a estabilidade” e afirmou que “ o nosso novo conceito de desenvolvimento de alta qualidade deve ser implementado na íntegra e sem falhas”.

O presidente da China acrescentou que os funcionários devem melhorar a sua “consciência ideológica” e adotar “uma visão correta das realizações políticas”.

“Vamos aplicar rigorosamente os regulamentos do nosso Comité Central, de modo a cumprir conscienciosamente a nossa responsabilidade política. Temos de agir, cumprir os nossos deveres e ultrapassar as dificuldades”, afirmou.

As declarações surgem também numa altura em que se intensifica a guerra comercial com os EUA. 

Em janeiro, Pequim respondeu às taxas impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, – 10% sobre as importações de todos os produtos chineses – com uma taxa de 10% a 15% sobre certos produtos dos EUA, além de novos controlos de exportação de minerais essenciais e uma investigação contra o gigante tecnológico norte-americano Google.

A China também protestou contra as últimas taxas dos EUA de 25% sobre importações de aço e alumínio, uma vez que exporta estes materiais para outros países, como o Canadá e o México, que, por sua vez, os vendem aos EUA.