A secretária de Estado da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa, negou, esta terça-feira, deter qualquer empresa imobiliária e acusou a coordenadora do Bloco de Esquerda de ter feito uma declaração “falsa e difamatória”.
“Sou arquiteta e felizmente ao longo da minha vida tive várias experiências relacionadas com a minha área de formação, o que naturalmente incluiu o ramo imobiliário”, começou por explicar a governante num comunicado, a que o Nascer do Sol teve acesso.
“Cessei as minhas funções de gerência na PromoBuilding -Serviços Imobiliários LDA em 21-08-2015, tendo cessado a minha participação na referida empresa em 12-01-2019, ou seja, há mais de cinco anos (conforme certidão permanente do registo comercial que pode ser consultada)”, garantiu.
Patrícia Gonçalves Costa sublinhou que “em política não vale tudo nem pode valer tudo” e que trabalha “todos os dias com vista ao bem comum”.
“Faço-o sempre com respeito pelas minhas convicções e pela minha condição de Secretária de Estado, de arquiteta, de mulher e de mãe. Faço-o com a humildade de quem serve uma causa maior, mas sempre com a honra de quem nada tem a esconder”, concluiu.
O comunicado de Patrícia Gonçalves Costa surge na sequência da conferência de imprensa da coordenadora do Bloco de Esquerda, na qual disse que a secretária de Estado da Habitação e outros sete membros do Governo detêm empresas imobiliárias e apelou ao Presidente da República que exerça o poder de veto em qualquer alteração futura à lei dos solos.
