Munique. Vance tece críticas à Europa

Munique. Vance tece críticas à Europa


O vice-presidente americano focou-se mais nos problemas internos da Europa do que nas ameaças externas.


O vice-presidente americano, J. D. Vance, marcou presença na Conferência de Segurança de Munique, uma cimeira anual que reúne líderes políticos e militares europeus e americanos. No ano passado, ainda como Senador, Vance tinha delineado um plano para o fim da guerra na Ucrânia, que passaria essencialmente por congelar as fronteiras atuais do conflito – entregando à Rússia não só a Crimeia, mas também a grande faixa de território ao longo da fronteira leste ucraniana – e criando uma zona tampão desmilitarizada. A Ucrânia manter-se-ia neutra, não integrando nem a União Europeia nem a NATO e, por sua vez, a Rússia comprometer-se-ia a não violar, de novo, a soberania territorial ucraniana.

Um ano depois, a situação foi diferente. Vance tem agora o segundo cargo mais importante do executivo americano e, ao contrário do que se poderia esperar, não se dirigiu aos presentes para abordar as negociações que estão agora em curso entre representantes americanos e russos, mas sim para tecer críticas à Europa e mais especificamente à União Europeia.

Reforçando a ideia de que existe uma herança cultural conjunta, assente numa base de valores partilhados, Vance voltou a insistir no tema que Pete Hegseth, Secretário da Defesa norte-americano, frisou dias antes: os EUA estão comprometidos com a segurança europeia, mas a Europa deve gastar mais na sua própria defesa. Não é um tema novo, mas continua a gerar polémica.

Vance veio falar também da máquina burocrática europeia, mencionando as últimas eleições presidenciais romenas, canceladas pelo tribunal com a justificação de interferência russa, e dedicando uma boa parte do discurso à crítica da política de imigração de “portas abertas”, iniciada pela ex-chanceler alemã Angela Merkel.

Os aplausos da plateia foram tímidos e fizeram-se ouvir apenas quando Vance referiu o atropelamento que sucedera no dia anterior. As reações foram as que se esperava, com o próprio presidente da conferência, Christoph Heusgen, diplomata alemão e ex-conselheiro de política externa de Merkel, a acabar por se retirar do palco em lágrimas – provavelmente não tanto pelo discurso de Vance, mas porque foi a sua última intervenção enquanto líder da cimeira.

Nas páginas seguintes fica o discurso, na íntegra, do vice-presidente americano, para permitir aos leitores que façam a sua leitura.

Discurso J. D. Vance Munich Security Conference

Uma das coisas que quero falar hoje com vocês é, claro, os nossos valores partilhados. E é bom estar de volta à Alemanha. Como ouviram antes, estive aqui no ano passado enquanto Senador. Vi o Ministro dos Negócios Estrangeiros [do Reino Unido] David Lammy e brinquei que ambos, no ano passado, tínhamos trabalhos diferentes daqueles que hoje temos. Mas chegou a hora de todos os nossos países, de todos nós que temos sido afortunados por nos ter sido concedido poder político pelas nossas respetivas populações, de usá-lo com sabedoria para melhorar as suas vidas.

E quero dizer que tive o prazer, no meu tempo aqui, de passar algum tempo do lado de fora das paredes desta conferência durante as últimas vinte e quatro horas, e fiquei bastante impressionado com a hospitalidade da população mesmo que, claro, estejam a recuperar do ataque horrível de ontem. E a primeira vez que estive em Munique foi com a minha esposa, que está aqui comigo hoje, numa viagem pessoal. Sempre adorei a cidade de Munique e os seus habitantes.

Só quero dizer que estamos muito comovidos e que os nossos pensamentos e orações estão com Munique e com todos os afetados pelo mal infligido a esta bela comunidade. Pensamos em vós, rezamos por vós e vamos certamente torcer por vós nos próximos dias e semanas.

Reunimo-nos nesta conferência, claro, para discutir segurança. E normalmente referimo-nos a ameaças à nossa segurança externa. Vejo muitos, muitos grandes líderes militares reunidos aqui hoje. Mas enquanto a administração Trump está bastante preocupada com a segurança europeia e acredita que podemos chegar a um acordo razoável entre a Rússia e a Ucrânia, acreditamos também que é importante, nos próximos anos, que a Europa dê um grande passo em frente de modo a assegurar a sua própria defesa. A ameaça que mais preocupa em relação à Europa não é a Rússia, não é a China, nem qualquer outro ator externo. O que me preocupa é a ameaça interna. O recuo da Europa no que diz respeito a alguns dos seus valores fundamentais: valores partilhados com os Estados Unidos da América.

Fiquei chocado com o facto de um antigo comissário europeu ter ido à televisão e ter parecido satisfeito com o facto de o Governo romeno ter acabado de anular uma eleição inteira. Alertou que, se as coisas não correrem como planeado, o mesmo poderá acontecer também na Alemanha.

Estas declarações arrogantes são chocantes para ouvidos americanos. Durante anos, tem-nos sido dito que tudo o que financiamos e apoiamos é em nome dos nossos valores democráticos partilhados. Tudo, da política para a Ucrânia à censura digital, é apresentado com uma defesa da democracia. Mas quando vemos tribunais europeus a anular eleições e altos funcionários a ameaçar anular outras, devemos perguntar-nos se nos estamos a manter num padrão apropriadamente elevado. E digo nós, porque acredito fundamentalmente que estamos na mesma equipa.

Devemos fazer mais do que falar sobre valores democráticos. Temos de os viver. Ora, na memória viva de muitos de vós nesta sala, a guerra fria posicionou os defensores da democracia contra forças muito mais tirânicas neste continente. E considerem o lado dessa luta que censurava dissidentes, que fechava igrejas, que anulava eleições. Eram eles os bons da fita? Certamente que não.

E graças a Deus que eles perderam a guerra fria. Perderam porque não valorizaram nem respeitaram todas as bênçãos extraordinárias da liberdade, a liberdade de surpreender, de cometer erros, de inventar, de construir. Afinal, a inovação e a criatividade não podem ser impostas, tal como não é possível impor à população o que pensar, o que sentir, ou no que acreditar. E nós acreditamos que essas coisas estão certamente ligadas. E, infelizmente, quando hoje olho para a Europa, o que aconteceu a alguns dos vencedores da guerra fria não é, por vezes, muito claro.

Olho para Bruxelas, onde os comissários da Comissão Europeia avisaram os cidadãos de que pretendem encerrar as redes sociais durante períodos de agitação civil: no momento em que detetam o que consideram ser “conteúdo de ódio”, ou para este mesmo país, onde a polícia levou a cabo rusgas contra cidadãos suspeitos de publicar comentários anti-feministas online como parte do “combate à misoginia” na internet.

Olho para a Suécia, onde há duas semanas, o governo condenou um ativista cristão por ter participado na queima do Alcorão que resultou no assassínio do seu amigo. E, como o juiz do caso observou de forma arrepiante, as leis suecas que supostamente protegem a liberdade de expressão não garantem, de facto – e estou a citar – um “passe livre” para fazer ou dizer qualquer coisa sem correr o risco de ofender o grupo que detém essa crença.

E, talvez o mais preocupante, olho para os nossos queridos amigos, o Reino Unido, onde o recuo dos direitos de consciência colocou na mira as liberdades básicas dos britânicos religiosos, em particular. Há pouco mais de dois anos, o governo britânico acusou Adam Smith Conner, um fisioterapeuta e veterano do exército de cinquenta e um anos, do crime hediondo de se colocar a cinquenta metros de uma clínica de aborto e rezar de forma silenciosa durante três minutos, sem obstruir ninguém, sem interagir com ninguém, apenas rezando sozinho de forma silenciosa. Depois de as autoridades britânicas o terem avistado e de lhe exigirem saber por que estava a rezar, Adam respondeu simplesmente que era em nome do filho por nascer.

Ele e a sua ex-namorada tinham abortado anos antes. Agora, os agentes não se comoveram. Adam foi considerado culpado de violar a lei das “Zonas Tampão” do governo, que criminaliza a oração silenciosa e outras ações que possam influenciar a decisão de uma pessoa a menos de 200 metros de uma instalação de aborto. Foi condenado a pagar milhares de libras em custos processuais ao Ministério Público.

Agora, gostaria de dizer que se tratou de um acaso, de um exemplo único e louco de uma lei mal redigida que foi aplicada contra uma única pessoa. Mas não. No passado mês de outubro, há apenas alguns meses, o governo escocês começou a distribuir cartas aos cidadãos cujas casas se encontra nas chamadas “zonas de acesso seguro”, avisando-os de que até a reza privada, dentro das suas próprias casas, pode levar ao incumprimento da lei. Naturalmente, o governo exortava-os a reportar qualquer concidadão suspeito de crime de pensamento na Grã-Bretanha e em toda a Europa.

Receio que a Liberdade de expressão esteja a recuar e no interesse da comédia, meus amigos, mas também no interesse da verdade. Admito que, por vezes, as vozes mais altas a favor da censura não vêm de dentro da Europa, mas de dentro do meu próprio país, onde a administração anterior ameaçou e intimidou as empresas de redes sociais para que censurassem a chamada desinformação. A desinformação, como por exemplo a ideia de que o coronavírus tinha provavelmente escapado de um laboratório na China. O nosso próprio governo encorajou empresas privadas a silenciar pessoas que se atrevessem a dizer algo que se revelou uma verdade óbvia.

Por isso, venho aqui hoje não só com uma observação, mas com uma oferta. E tal como a administração Biden parecia desesperada por silenciar as pessoas por dizerem o que pensam, a administração Trump fará precisamente o contrário, e espero que possamos trabalhar em conjunto nessa matéria.

Em Washington, há um novo xerife na cidade. E sob a liderança de Donald Trump, poderemos discordar das vossas opiniões, mas lutaremos para defender o vosso direito de se manifestarem em praça pública. Concordam ou discordam? Agora, chegámos a um ponto em que a situação se tornou tão má que, em dezembro passado, a Roménia anulou pura e simplesmente os resultados de uma eleição presidencial com base em suspeitas frágeis de uma agência de intelligence e na enorme pressão dos seus vizinhos continentais. O argumento, segundo sei, foi que a desinformação russa infetou as eleições romenas. Mas eu perguntaria aos meus amigos europeus que tivessem alguma perspetiva. Podem acreditar que é errado a Rússia comprar anúncios nas redes sociais para influenciar as vossas eleições. Nós certamente acreditamos. Podem até condená-lo no palco mundial. Mas se a vossa democracia pode ser destruída com algumas centenas de milhares de dólares de publicidade digital, então não era, à partida, muito forte.

A boa notícia é que acredito que as vossas democracias são substancialmente menos frágeis do que muitas pessoas aparentemente receiam.

E acredito seriamente que permitir que os nossos cidadãos digam o que pensam as tornará ainda mais fortes. O que, claro, nos traz de volta a Munique, onde os organizadores desta mesma conferência baniram legisladores representantes de partidos populistas, tanto à esquerda quanto à direita, de participar nestas conversações. Mais uma vez, não temos de concordar com tudo o que as pessoas dizem. Mas quando líderes políticos representam uma parte importante do eleitorado, cabe-nos a nós, pelo menos, de participar no diálogo com eles.

Para muitos de nós na outra margem do Atlântico, parece que se trata cada vez mais de velhos interesses entrincheirados que se escondem atrás de palavras feias da era soviética, como desinformação, que simplesmente não gostam da ideia de que alguém com um ponto de vista alternativo possa exprimir uma opinião diferente ou, Deus nos livre, votar de forma diferente ou, pior ainda, ganhar uma eleição.

Agora, isto é uma conferência focada na segurança, e estou seguro de que todos vós vieram aqui preparados para falar de como pretendem, exatamente, aumentar o gasto em defesa durante os próximos anos em linha com uma nova meta. E isso é ótimo, porque tal como o Presidente Trump já deixou bastante claro, ele acredita que os nossos amigos europeus devem representar um papel maior no futuro deste continente. Não pensamos que tenham ouvido este termo “burden sharing” (partilha de responsabilidades, em português), mas acreditamos que é uma parte importante de pertencermos a uma aliança partilhada, que os europeus se esforcem enquanto a América se concentra em áreas do mundo que estão em grande perigo.

Mas permitam-me também que vos pergunte como é que vão sequer começar a pensar no tipo de questões orçamentais se, para começar, não soubermos o que é que estamos a defender? Já ouvi muita coisa nas minhas conversas, e tive muitas, muitas conversas ótimas com muitas das pessoas aqui reunidas nesta sala. Ouvi falar muito sobre aquilo de que temos de nos defender, e é claro que isso é importante. Mas o que me parece um pouco menos claro, e certamente penso que a muitos cidadãos da Europa, é exatamente aquilo por que se estão a defender. Qual é a visão positiva que anima este pacto de segurança partilhada que todos acreditamos ser tão importante?

Acredito profundamente que não existe segurança se tivermos medo das vozes, das opiniões e da consciência que guia a nossa própria população. A Europa enfrenta muitos desafios, mas a crise que este continente enfrenta neste momento, a crise, acredito, que enfrentamos todos juntos, é uma crise feita por nós próprios. Se se candidatam com receio dos vossos próprios eleitores, não há nada que a América possa fazer por vocês. Nem, aliás, há nada que possam fazer pelo povo americano que me elegeu a mim e ao Presidente Trump. Precisam de mandatos democráticos para conseguir alguma coisa de valor nos próximos anos.

Será que não aprendemos nada sobre o facto de os mandatos fracos produzirem resultados instáveis? Mas há muito valor que pode ser alcançado com o tipo de mandato democrático que, na minha opinião, resultará de uma maior reação às vozes dos cidadãos. Se querem ter economias competitivas, se querem desfrutar de energia barata e cadeias de distribuição seguras, então necessitam de mandatos para governar, porque têm de fazer escolhas difíceis para desfrutar de todas estas coisas.

E, claro, nós sabemos isso muito bem. Na América, não se pode conquistar um mandato democrático através da censura, ou do aprisionamento, dos oponentes. Quer se trate do líder da oposição, de um humilde cristão que reza na sua própria casa, ou de um jornalista que está a tentar dar as notícias. Também não se pode conquistar um mandato ignorando o eleitorado base em questões como quem pode fazer parte da nossa sociedade partilhada.

E de todos os desafios prementes que as nações aqui representadas enfrentam, creio que não há nada mais urgente que a migração em massa. Atualmente, quase uma em cada cinco pessoas que vivem neste país veio do estrangeiro. Trata-se, evidentemente, de um máximo histórico. É um número semelhante, aliás, nos Estados Unidos, também um máximo histórico. O número de imigrantes que entram na UE vindos de países terceiros duplicou só entre 2021 e 2022. E, claro, aumentou muito mais desde então.

E nós conhecemos a situação. Não se materializou num vácuo. É o resultado de uma série de decisões conscientes tomadas por políticos de todo o continente, e outros em todo o mundo, no espaço de uma década. Ontem vimos os horrores a que estas decisões conduziram nesta mesma cidade. E, claro, não posso mencionar o sucedido sem pensar sobre as terríveis vítimas que tiveram um dia de inverno maravilhoso em Munique arruinado. Os nossos pensamentos e orações estão com eles e continuarão com eles. Mas porque é que isto aconteceu em primeiro lugar?

É uma história terrível, mas é uma história que já ouvimos demasiadas vezes na Europa, e infelizmente demasiadas vezes nos Estados Unidos também. Um requerente de asilo, na maioria das vezes um jovem de vinte e poucos anos, já conhecido da polícia, atropela uma multidão e destrói uma comunidade. Quantas vezes temos de sofrer estes terríveis reveses antes de mudarmos de rumo e de levarmos a nossa civilização comum numa nova direção? Nenhum eleitor neste continente se dirigiu às urnas para abrir as portas a milhões de imigrantes não selecionados. Mas sabem pelo que votaram? Em Inglaterra, votaram pelo Brexit. E concorde-se ou não, votaram por isso. E cada vez mais por toda a Europa, votam por líderes políticos que prometem colocar um ponto final na imigração descontrolada. Acontece que concordo com muitas destas preocupações, mas não têm de concordar comigo.

Simplesmente penso que as pessoas se preocupam com os seus lares. Preocupam-se com os seus sonhos. Preocupam-se com a sua segurança e com a sua capacidade de se sustentarem a si e aos seus filhos.

E são inteligentes. Penso que isto é uma das coisas mais importantes que aprendi no meu breve período na política. Ao contrário do que possam ouvir a algumas montanhas de distância em Davos, os cidadãos de todas as nossas nações não se consideram, de um modo geral, como animais instruídos ou como engrenagens permutáveis de uma economia global. E não é de admirar que não queiram ser baralhados ou implacavelmente ignorados pelos seus líderes. E é a função da democracia julgar estas grandes questões nas urnas.

Considero que dispensar as pessoas, dispensar as suas preocupações ou, pior ainda, encerrar os meios de comunicação social, anular eleições ou excluir as pessoas do processo político não protege nada. De facto, é a forma mais segura de destruir a democracia. Falar e expressar opiniões não é interferência eleitoral. Mesmo quando as pessoas expressam opiniões fora do nosso próprio país, e mesmo quando essas pessoas são muito influentes – e acreditem em mim, digo isto como todo o humor – se a democracia americana pode sobreviver a dez anos de repreensão de Greta Thunberg, vocês também conseguem sobreviver a alguns meses de Elon Musk.

Mas ao que nenhuma democracia, americana, alemã ou europeia, pode sobreviver, é ao facto de dizer a milhões de eleitores que os seus pensamentos e preocupações, as suas aspirações, os seus pedidos de ajuda, são inválidos ou indignos de serem sequer considerados.

A democracia assenta no princípio sagrado de que a voz do povo é importante. Não há lugar para linhas vermelhas. Ou se defende o princípio ou não se defende. O povo europeu tem uma voz. Os líderes europeus têm uma escolha. E a minha forte convicção é que não precisamos de ter medo do futuro.

Aceitem o que o vosso povo vos diz, mesmo quando é surpreendente, mesmo quando não concordam. E se o fizerem, podem encarar o futuro com certeza e confiança, sabendo que a nação apoia cada um de vós. E isso, para mim, é a grande magia da democracia. Não está nestes edifícios de pedra ou nos belos hotéis. Nem sequer está nas grandes instituições que construímos juntos como uma sociedade partilhada.

Acreditar na democracia é perceber cada um dos nossos cidadãos é dotado de sabedoria e de uma voz. E se nos recusarmos a ouvir essa voz, mesmo as nossas batalhas mais bem-sucedidas poucos frutos garantirão. Como disse uma vez o Papa João Paulo II, a meu ver um dos mais extraordinários defensores da democracia neste continente ou em qualquer outro, “não tenhais medo”. Não devemos ter medo dos nossos povos mesmo quando discordam da sua liderança. Obrigado a todos. Boa sorte a todos. Deus vos abençoe.