O Governo vai criar unidades específicas para crianças e jovens que têm uma medida de promoção e proteção e vivem em regime de acolhimento com problemas de saúde mental, anunciou a secretária de Estado da Ação Social, esta quinta-feira.
A medida faz parte de um decreto-lei, aprovado hoje em Conselho de Ministros, que altera a legislação de proteção de crianças e jovens em perigo.
A secretária de Estado da Ação Social explicou, em declarações à agência Lusa, que estas unidades serão da responsabilidade do Instituto da Segurança Social e
Pretendem colmatar a “ausência de respostas para problemáticas específicas, designadamente de saúde mental”.
Segundo Clara Marques Mendes, até agora uma criança que está numa casa de acolhimento e precise de acompanhamento na área da saúde mental “ou é integrada num hospital vocacionado ou em alguma unidade de saúde mental, ou não tem resposta e continua na casa de acolhimento”.
“O que nós pretendemos é criar mesmo unidades para estas respostas específicas entre a segurança social e a saúde, em que possamos ter estas crianças. Pode ser de uma forma temporária ou definitiva, mas podemos ter estas crianças com um acompanhamento permanente”, acrescentou a governante.